O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, que foi criado para incentivar a leitura em comunidades afastadas e carentes, vai implantar mais 85 bibliotecas até o final do mês. Na quinta-feira (27) serão inauguradas 43 bibliotecas no Maranhão (MA). De sexta (28) a sábado (29), outras 42 serão instaladas em Minas Gerais (MG).
Os municípios escolhidos no MA foram o de Governador Nunes Freire, Buriti Bravo e Chapadinha, integrantes dos Territórios da Cidadania Alto Turi e Gurupi, Cocais e Baixo Parnaíba. Em MG serão atendidas 40 aldeias indígenas da etnia xacriabá, em São João das Missões, e comunidades rurais de São Francisco e Luislândia.
As bibliotecas rurais são administradas voluntariamente por moradores das comunidades atendidas, que são treinados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e se tornam agentes de leitura, responsáveis pelo empréstimo dos livros e pelo incentivo à atividade. Nessa ação, serão capacitados 86 agentes.
As pequenas bibliotecas rurais terão livros didáticos, de literatura e técnicos, que são escolhidos de acordo com os interesses e as necessidades locais. O desenhista Maurício de Sousa colaborou com diversos gibis de sua autoria (Turma da Mônica) para enriquecer o acervo.
Arca das Letras incentiva a leitura desde 2003
O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), foi criado em 2003 para incentivar a leitura no meio rural, implantar bibliotecas e formar agentes de leitura nos assentamentos da reforma agrária, associações de crédito fundiário, colônias de pescadores, comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas e demais comunidades de agricultura familiar. O objetivo é levar cultura e informação às comunidades mais afastadas das grandes cidades, proporcionando aos produtores rurais e suas famílias a oportunidade de exercer sua cidadania.
Hoje, o programa instala, em média, três bibliotecas por dia em áreas rurais. São milhares de livros circulando diariamente no campo. A ação faz parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), coordenado pelos Ministérios da Educação e da Cultura, e reúne uma ampla rede de parcerias, formada por Órgãos públicos, instituições não-governamentais, movimentos sociais e sindicais, escolas, editoras, livreiros, artistas, intelectuais, escritores e a população urbana em geral, que contribui para a chegada das bibliotecas a todos os cantos rurais do Brasil.
Programa beneficia mais de um milhão de famílias e ganha prêmio
Desde 2003, foram implantadas 8.040 bibliotecas, capacitados mais de 17 mil agentes de leitura e distribuídos mais de dois milhões de livros, beneficiando um milhão de famílias. O Arca das Letras foi premiado, com menção honrosa, no Prêmio Vivaleitura 2009, da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, como experiência abrangente e relevante para o País.
< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>
Fonte: Pantanal News em 26/01/2011
O Lapf foi criado em 2008 no âmbito do Departamento de Educação da PUC-Rio, tendo sido registrado no diretório do CNPq entre 2009 e 2011. Seu objetivo foi a promoção da análise dos processos de agenciamento de identidades, memórias e territórios coletivos, em sua relação com os processos de produção e transmissão do conhecimento, tanto em suas modalidades escolares quanto não escolares. A partir de 2012, porém, suas atividades regulares foram encerradas. Este espaço permanece disponível como registro desta experiência de pesquisa e como meio para que seus antigos participantes eventualmente possam continuar divulgando e promovendo o tema.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Comunidades Carentes do MA e MG recebem 85 bibliotecas rurais
Pesquisa sobre ensino infantil na área rural
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação realiza, até março, duas pesquisas sobre a educação infantil na área rural. O objetivo é montar um mapa da oferta existente e da diversidade de modelos criados por gestores municipais e, a partir daí, elaborar uma proposta de atendimento que contemple as realidades do país.
A abrangência da primeira pesquisa depende da resposta dos 26 secretários de educação dos estados e do Distrito Federal e dos gestores dos 5.565 municípios. Até fevereiro, os secretários devem responder, por correio eletrônico, a seis perguntas formuladas pela Secad. Entre elas, se oferecem, às comunidades do campo, educação infantil em creches e pré-escolas, em que municípios e há quanto tempo.
De acordo com Wanessa Sechim, coordenadora-geral de educação no campo da Secad, ao ouvir os secretários, o MEC espera reunir dados institucionais sobre a estruturação das redes e a forma de atuação de cada uma na educação infantil na área rural de estados e municípios.
A outra pesquisa, de campo, compreenderá visitas a várias localidades para conhecer a diversidade de experiências de ensino infantil nas cinco regiões do país. O levantamento será realizado pelas consultoras Gilmara da Silva e Maria Joselma Assis da Silva a partir do próximo sábado, 15, e se estenderá até o fim de março. Elas vão buscar informações, conhecer as políticas adotadas e avaliar o impacto nas escolas.
No município de São Miguel do Oeste (SC), por exemplo, a pesquisa abrangerá a educação infantil nas comunidades da agricultura familiar. Em municípios do Centro-Oeste, serão visitadas escolas nas quais estudam filhos de pantaneiros. Caso um município ofereça essa etapa do ensino a comunidades de sertanejos e de quilombolas, isso será relatado, diz Gilmara.
O interesse da Secad, segundo Wanessa Sechim, é recolher dados da oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais. O conceito de diversidade está explícito no Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, que trata da política de educação no campo e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A população rural é formada por agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores assalariados rurais, quilombolas, caiçaras, povos da floresta e caboclos.
Seminário
O levantamento de dados sobre a educação infantil na área rural é um dos sete pontos prioritários definidos pelos participantes do 1º Seminário Nacional de Educação Infantil no Campo, realizado pelo Ministério da Educação, em Brasília, em dezembro de 2010. Participaram representantes de comissões e movimentos da educação no campo, de universidades e de centros de pesquisas, além de gestores e coordenadores de estados e municípios.
Melhorar os espaços físicos das escolas, criar material didático adequado, oferecer formação inicial e continuada específica para professores que atuam na educação infantil rural estão entre os pontos do documento final do seminário.
< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>
Fonte: Gazeta Digital em 11/01/2011
A abrangência da primeira pesquisa depende da resposta dos 26 secretários de educação dos estados e do Distrito Federal e dos gestores dos 5.565 municípios. Até fevereiro, os secretários devem responder, por correio eletrônico, a seis perguntas formuladas pela Secad. Entre elas, se oferecem, às comunidades do campo, educação infantil em creches e pré-escolas, em que municípios e há quanto tempo.
De acordo com Wanessa Sechim, coordenadora-geral de educação no campo da Secad, ao ouvir os secretários, o MEC espera reunir dados institucionais sobre a estruturação das redes e a forma de atuação de cada uma na educação infantil na área rural de estados e municípios.
A outra pesquisa, de campo, compreenderá visitas a várias localidades para conhecer a diversidade de experiências de ensino infantil nas cinco regiões do país. O levantamento será realizado pelas consultoras Gilmara da Silva e Maria Joselma Assis da Silva a partir do próximo sábado, 15, e se estenderá até o fim de março. Elas vão buscar informações, conhecer as políticas adotadas e avaliar o impacto nas escolas.
No município de São Miguel do Oeste (SC), por exemplo, a pesquisa abrangerá a educação infantil nas comunidades da agricultura familiar. Em municípios do Centro-Oeste, serão visitadas escolas nas quais estudam filhos de pantaneiros. Caso um município ofereça essa etapa do ensino a comunidades de sertanejos e de quilombolas, isso será relatado, diz Gilmara.
O interesse da Secad, segundo Wanessa Sechim, é recolher dados da oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais. O conceito de diversidade está explícito no Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, que trata da política de educação no campo e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A população rural é formada por agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores assalariados rurais, quilombolas, caiçaras, povos da floresta e caboclos.
Seminário
O levantamento de dados sobre a educação infantil na área rural é um dos sete pontos prioritários definidos pelos participantes do 1º Seminário Nacional de Educação Infantil no Campo, realizado pelo Ministério da Educação, em Brasília, em dezembro de 2010. Participaram representantes de comissões e movimentos da educação no campo, de universidades e de centros de pesquisas, além de gestores e coordenadores de estados e municípios.
Melhorar os espaços físicos das escolas, criar material didático adequado, oferecer formação inicial e continuada específica para professores que atuam na educação infantil rural estão entre os pontos do documento final do seminário.
< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>
Fonte: Gazeta Digital em 11/01/2011
Faculdade para comunidades quilombolas em Goiás
GO - Criada faculdade para comunidades quilombolas no estado
Data: 26/1/2011
O primeiro Curso de Licenciatura Plena em Educação Quilombola - a Faculdade Kalunga – que será implantado no país, atenderá as comunidades remanescentes de quilombos do Território Kalunga localizada na Chapada dos Veadeiros, nos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás, no estado de Goiás.
O anúncio foi feito pelo deputado Pedro Wilson (PT-GO), que agradeceu a iniciativa do ministro da Educação, Fernando Haddad, e pediu celeridade no processo para o início do curso, ainda este ano, argumentando que a escola vai atender a demanda de uma comunidade tradicional e preencher a carência de profissionais qualificados para a área em toda a região.
Para Maria Helena Kalunga, de Monte Alegre, uma das principais lideranças na luta pela implantação do curso, esta é uma decisão histórica que coloca o Brasil entre os mais evoluídos países do mundo e resgata a história de um povo preservando sua origem e sua cultura.
Pedro Wilson lembrou que esta é uma luta histórica que envolveu, nos dois últimos anos, as comissões de Educação e Cultura, de Direitos Humanos e de Legislação Participativa da Câmara, com a realização de diversos seminários e audiências públicas, que contou com a participação de representantes da SEPPIR (Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial), do Ministério da Educação (Mec), da Fundação Palmares, das universidades Estadual e Federal de Goiás, a Universidade de Brasília (UnB), e autoridades dos municípios envolvidos e, principalmente das lideranças Kalunga.
O curso atenderá professores e ex-professores da comunidade que já possuem o ensino médio e vinham exercendo a função para cobrir a deficiência de profissionais de educação qualificados na área.
O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.
Fonte: Portal Vermelho em 13/01/2011
Data: 26/1/2011
O primeiro Curso de Licenciatura Plena em Educação Quilombola - a Faculdade Kalunga – que será implantado no país, atenderá as comunidades remanescentes de quilombos do Território Kalunga localizada na Chapada dos Veadeiros, nos municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás, no estado de Goiás.
O anúncio foi feito pelo deputado Pedro Wilson (PT-GO), que agradeceu a iniciativa do ministro da Educação, Fernando Haddad, e pediu celeridade no processo para o início do curso, ainda este ano, argumentando que a escola vai atender a demanda de uma comunidade tradicional e preencher a carência de profissionais qualificados para a área em toda a região.
Para Maria Helena Kalunga, de Monte Alegre, uma das principais lideranças na luta pela implantação do curso, esta é uma decisão histórica que coloca o Brasil entre os mais evoluídos países do mundo e resgata a história de um povo preservando sua origem e sua cultura.
Pedro Wilson lembrou que esta é uma luta histórica que envolveu, nos dois últimos anos, as comissões de Educação e Cultura, de Direitos Humanos e de Legislação Participativa da Câmara, com a realização de diversos seminários e audiências públicas, que contou com a participação de representantes da SEPPIR (Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial), do Ministério da Educação (Mec), da Fundação Palmares, das universidades Estadual e Federal de Goiás, a Universidade de Brasília (UnB), e autoridades dos municípios envolvidos e, principalmente das lideranças Kalunga.
O curso atenderá professores e ex-professores da comunidade que já possuem o ensino médio e vinham exercendo a função para cobrir a deficiência de profissionais de educação qualificados na área.
O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.
Fonte: Portal Vermelho em 13/01/2011
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