O Lapf foi criado em 2008 no âmbito do Departamento de Educação da PUC-Rio, tendo sido registrado no diretório do CNPq entre 2009 e 2011. Seu objetivo foi a promoção da análise dos processos de agenciamento de identidades, memórias e territórios coletivos, em sua relação com os processos de produção e transmissão do conhecimento, tanto em suas modalidades escolares quanto não escolares. A partir de 2012, porém, suas atividades regulares foram encerradas. Este espaço permanece disponível como registro desta experiência de pesquisa e como meio para que seus antigos participantes eventualmente possam continuar divulgando e promovendo o tema.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

I Seminário História Social da Marambaia

KOINONIA sedia o I Seminário História Social da Marambaia

O Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação (LApF), do Departamento de Educação da PUC-RIO, com o apoio de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGH-UNIRIO), realizaram no dia 25 de setembro, nas dependências de KOINONIA (Bairro da Glória, RJ), o I Seminário História Social da Marambaia. O objetivo do encontro foi reunir pesquisadores envolvidos com questões e/ou documentações relativas à Ilha da Marambaia.

Neste primeiro encontro foram apresentados quatro trabalhos sobre a ilha:

- Sobre o tráfico de africanos, de Daniela Yabeta (mestranda em História - UNIRIO);

- Sobre posse e propriedade, de Daniela Yabeta e Pedro Parga (mestre em História – UNIRIO);

- Sobre o pós – abolição (José Maurício Arruti – PUC-RIO); e

- Sobre os processos jurídicos de expulsão dos moradores (Equipe de Assessoria Jurídica Mariana Criola).

Participaram como debatedoras as professoras Hebe Mattos (História –UFF), Keila Grinberg (História – UNIRIO), Daniela Vargas (Direto – PUC-Rio) e o professor André Figueiredo (Sociologia – UFRRJ). Vânia Guerra, Beá e Lino, da Arquimar (Associação dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia) e Adriano da Acquilerj (Associação das Comunidades Remanescente de Quilombos do Rio de Janeiro), também estiveram presentes.

Esta proposta surge motivada pela necessidade de produzir uma resposta direta e academicamente qualificada ao livro “História Natural da Ilha da Marambaia”, publicado em 2003 pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Produzido por biólogos, botânicos, geógrafos, geólogos e arqueólogos, financiados direta ou indiretamente pela Marinha de Guerra do Brasil, o livro tem como um dos seus pontos mais significativos, o fato de servir como peça jurídica na disputa entre a Marinha de Guerra e a comunidade quilombola da Marambaia.

O seu capítulo ‘histórico’ recua até a Pré-história e descreve a ocupação indígena da ilha, saltando, em seguida, todo o século XIX e primeira metade do XX, para descrever a instalação do Centro de Adestramento Militar da Marinha (CADIM) na Marambaia, depois de 1971.

Editado e divulgado em um momento estratégico e crítico da mobilização dos remanescentes, que lutam pela regularização de seu território de ocupação tradicional na Marambaia e pelo acesso a políticas públicas, como luz, água, escola, coleta de lixo etc., o livro encobriu, apagou e silenciou a história social da ilha. Daí a nossa motivação em reunir esforços para produção de um material que trate não só do período “apagado”, como das próprias estratégias de apagamento deste período histórico da Marambaia.

Assim como esse, outros dois seminários serão realizados e terão o caráter de reuniões de trabalho, por isso, de assistência restrita, mas sempre contando com a presença dos quilombolas da ilha e de representantes da Acquilerj. Para 2010 está previsto um encontro público para a apresentação do resultado dos nossos diálogos.

Por Daniela Yabeta

domingo, 27 de setembro de 2009

DEBATES CONTEMPORÁNEOS SOBRE ETNOLOGÍA INDÍGENA


En el marco de la VIII Reunión de Antropología del MERCOSUR, que se realizará en Buenos Aires, los invitamos a asistir a la mesa: DEBATES CONTEMPORÁNEOS SOBRE ETNOLOGÍA INDÍGENA, el 2 de octubre a las 17hs en el Centro Cultural San Martín (Sala F).

PANELISTAS

Alcida Rita Ramos (Universidad de Brasilia)
Cesar Gordon (Universidad Federal Rural de Rio de Janeiro)
José Mauricio Arruti (Pontificia Universidad Católica de Rio de Janeiro)

COORDINADOR: Guillermo Wilde (CONICET-UNSAM)

FECHA: Viernes 2 de octubre
HORARIO: 17 a 19 hs
LUGAR: Centro Cultural General San Martín, Sala F

PROPUESTA

Las versiones clásicas de la “etnología indígena” han sido frecuentemente criticadas por abordar a las sociedades indígenas como unidades estáticas y monolíticas. Sin embargo, en los últimos años esa orientación de la antropología ha experimentado una renovación considerable en varios países. En efecto, una serie de fenómenos contemporáneos afectan directamente a las poblaciones indígenas desafiando los límites aceptados de la “etnología” y las categorías modernas sobre las que se cimentó su edificio teórico. Entre esos fenómenos cabe mencionar a los nuevos movimientos por el reconocimiento étnico y los procesos de etnogénesis que los acompañan, los procesos de conversión religiosa, las redes turísticas y mercantiles, las reformas del marco jurídico y legislativo global que contemplan a las poblaciones indígenas como sujetos de derechos, la problemática del territorio, el medioambiente y el patrimonio cultural en sus diferentes modalidades. Más allá del impacto que estos fenómenos tienen sobre los movimientos y movilizaciones indígenas, producen efectos en la conceptualización de las organizaciones sociopolíticas indígenas y sus filosofías y prácticas del conocimiento (en el presente y el pasado). Esta mesa tiene como objetivo discutir sobre sus nuevos temas y alcances contemporáneos en la región, tanto en los aspectos teórico-metodológicos como ideológicos y políticos. ¿Cuál es el límite para la comprensión de la lógica interna de las sociedades indígenas? ¿Cuál es el impacto sobre las mismas de las múltiples relaciones de contacto con las sociedades coloniales, republicanas y globalizadas? Estos interrogantes apuntan a discutir tanto las modalidades de acción y agencia indígena en la historia, como las diferentes historias y representaciones nacionales (y políticas) sobre esas sociedades, relacionadas de manera compleja y ambigua. A partir de los desafíos que plantea la situación descripta, esta mesa se propone reflexionar sobre la relación que la etnología mantuvo, mantiene y tal vez debería mantener con: a) las sociedades que estudia y los Estados nacionales, b) otras disciplinas sociales y humanísticas, espacialmente la historia, c) los procesos y regimenes nativos de temporalidad y especialidad, entre otros aspectos y procesos que afectan a las poblaciones amerindias, fundamentales en la agenda antropológica contemporánea.

Dr. Guillermo Wilde
Instituto de Altos Estudios Sociales
UNSAM - CONICET
Paraná 145, piso 5
(1017) Ciudad de Buenos Aires
ARGENTINA

terça-feira, 22 de setembro de 2009

OS USOS DA ANTROPOLOGIA EM TEMPOS DE MULTICULTURALISMO OFICIAL


RAM 2009
Programação final do GT54
Buenos Aires, 28.09 a 02.10.09

OS USOS DA ANTROPOLOGIA EMTEMPOS DEMULTICULTURALISMO OFICIAL: DILEMAS E DESAFIOS DO FAZER ANTROPOLÓGICO EMCONTEXTOS DE PERICIAS, PROJETOS DE INTERVENÇAO E CARGOS TÉCNICOS NO ESTADO

COORDINACIÓN:
JoséMaurício Arruti (PUC-Rio, Brasil)
Morita Carrasco (UBA, Argentina)


1ª. Sesión – Antropologia e Peritagem
FECHA:MIÉRCOLES 30 DE SEPTIEMBRE
HORARIO: 9:00 A 12:15 HS.
LUGAR: SEDE IX - CCEBA

1. Leituras sobre comunidades remanescentes dos quilombos: Desafios e perspectivas para a elaboração de um laudo antropológico
Aline Ferreira (Brasil)

2. O assessor, o perito e o analista: hibridizando a prática antropológica
André Figueiredo (Brasil)

3. O serviço de antropólogo
Fernanda Lucchesi (Brasil)

4. Falar do Outro ou Falar pelo Outro. Dos limites e possibilidades da antropologia em uma instancia da política fundiária
HomeroMartins (Brasil)

5. Relato de experiência na avaliação do Projeto Microbacias 2 com populações indígenas em Santa Catarina
Cinthia Creatini Da Rocha (Brasil)

6. O Antropólogo como mago: conflitos e mediações em tempos de multiculturalismo
FlavioWiik e Gomes Silva, Eudardo (Brasil)

7. Estado y pueblos indígenas: experiencias de intervención
Ana González (Argentina)

8. O antropólogo perito: algumas reflexões sobre legitimidade e ética profissional
Lara Cyreno (Brasil)


2ª. Sesión – Antropologia, terra e território
FECHA:MIÉRCOLES 30 DE SEPTIEMBRE
HORARIO: 13:00 A 16:45 HS.
LUGAR: SEDE IX - CCEBA

1. Indio, quilombola, ribeirinho: o desafio do fazer antropológico em situações de disputas
Mércia Batista (Brasil)

2. Os antropólogos e a antropologia: os dilemas da evidência nas disputas territoriais
Benedito Souza Filho (Brasil)

3. Para além do território - reflexões antropológicas no reconhecimento de uma comunidade quilombola urbana
Flávia Costa (Brasil)

4. Perspectivas do trabalho antropológico na regularização de territórios quilombolas no INCRA de Mato Grosso
Renata Bortoletto Silva (Brasil)

5. Entre el reconocimiento jurídico, el amparo legal y la certificación académica. Reflexiones a partir de peritajes antropológicos en cuestiones de tierras en la Provincia de Salta, Argentina
AmaliaMarcela Álvarez,Mónica Flores Klarik y Norma Naharro
(Argentina)

6. ¿Quién ordena a quién? La experiencia de ordenamiento territorial en Salta
Florencia Boasso (Argentina)

7. A Baía de Camamu e o processo de mapeamento e reconhecimento das Comunidades Quilombolas no Baixo Sul: um breve recorte etnográfico
Ana Elizabeth Costa Gomes (Brasil)

8. Furnas dos Baianos: directos, territorios e o processo de afirmação como comunidade quilombola
Michely Aline Jorge Espíndola y LeviMarques Pereira (Brasil)


3ª. Sesión – Antropologia a partir do Estado
FECHA: VIERNES 2 DE OCTUBRE
HORARIO: 8:30 A 12:15 HS.
LUGAR: SEDE IV - UNSAMMITRE - AULA 2

1. Por uma antropologia engajada - a prática antropológica Em contextos de conflito em áreas quilombolas
Maristela de Paula Andrade (Brasil)

2. Intervención, tensión, realidades del Estado nacional mexicano y la antropología en México
Artemia Fabre Zarandona y Elisa Cruz (México)

3. Aproximando distancias. La antropología entre indígenas toba y el Estado
Lorena Cardín (Argentina)

4. Desafíos del enfoque antropológico para las intervenciones de desarrollo rural en Argentina
Maria Carolina Feito (Argentina)

5. Reflexiones de la etnografia de y en intervenciones del Estado
Verónica Briones (Argentina)

6. O Quilombo remanescente. Uma discussão teórico-metodológica acerca da aplicabilidade da Instrução Normativa 49/2008/INCRA
Lidianny Vidal Fonteles y otros (Brasil)

7. Saberes reversos, ou o difícil diálogo entre saberes “tradicionais” e poderes estatais: o processo de identificação e delimitação do território da comunidade negra Invernada Paiol de Telha (Paraná, Brasil)
MiriamHartung (Brasil)

8. O Inventário de Referências Culturais do BomRetiro: relações entre sociedade e Estado na constituição do patrimônio cultural brasileiro e os desafios enfrentados pela antropologia enquanto fazer técnico
Simone Toji (Brasil)


4ª. Sesión – Estado, legalidades e normatividades
FECHA: VIERNES 2 DE OCTUBRE
HORARIO: 13:00 A 16:45 HS.
LUGAR: SEDE IV - UNSAMMITRE - AULA 2

1. Relato sobre la estrategia para la incorporación del componente étnico y cultural por parte de los fiscales sobre diferentes pueblos indígenas en la aplicación de la Ley de Justicia y Paz
Esther Sánchez (Colombia)

2. Respeito à Diversidade Sócio-Cultural: desafios do Estado brasileiro em tempos de pluralismo jurídico
Mariana Figueiroa (Brasil)

3. "Usos da antropoloiga no movimento social surdo: normatividade múltipla e governamentabilidade"
César Augusto de Assis Silva (Brasil)

4. Duas barragens e dois tempos: poder e descaso planejado
Parry Scott (Brasil)

5. Niños, niñas y jóvenes en Tóez. Aportes al pluralismo jurídico desde las concepciones de infancia de la comunidad indígena Nasa del resguardo de Tóez Caloto
Elizabeth López Betancourt (Colombia)

6. De cómo se hace justicia en las comunidades indígenas en México. Las organizaciones comunitarias ante el vacío del Estado
Ana Hilda Ramírez (México)

7. Tensiones en torno de la educación intercultural como política pública
Maria Elena Martinez y otros (Brasil)

8. Politica de reconhecimento
Rosy de Oliveira (Brasil)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

I Relatório do Projeto Panorama da Educação Quilombola no RJ



Relatório de Iniciação Científica
Seminário PIBIC, PUC-Rio 2009
PANORAMA DA EDUCAÇÃO EM COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBO
[resumo]
Alunas: Ediléia Carvalho (pedagogia) e Paula Lannes Noronha dos Santos (direito)
Orientador: José Maurício Arruti

Introdução
O projeto “Panorama Quilombola do Rio de Janeiro – Módulo Educação” tem dois objetivos: (a) identificar a atual situação escolar destas comunidades (escolas situadas em territórios quilombolas ou que atendem população quilombola) e (b) investigar os debates relativos à educação diferenciadas destas comunidades, assim como as iniciativas práticas existentes neste sentido. O tema da educação quilombola emerge e se sustenta, no plano normativo, em ao menos três documentos.
De um lado, na Lei Federal nº. 10.639 que foi sancionada em janeiro de 2003 orienta que as escolas de ensino fundamental e médio passem a adotar nos conteúdos programáticos de suas disciplinas o estudo da história e da cultura afro-brasileiras enfatizando suas contribuições sociais, políticas e econômica, a luta de seu povo e seus costumes. De outro lado, na Convenção 169 da OIT, assinado e sancionado pelo governo brasileiro, assim como no Plano Nacional de Desenvolvimento de Populações Tradicionais, que apontam a necessidade de se produzir modalidades de educação adequadas aos modos de vida das populações tribais ou tradicionais. No plano da reflexão acadêmica, o tema está diretamente relacionado ao campo de estudos de Antropologia e Educação, da Cultura Escolar e da relação entre escola, família e comunidade.

Objetivos
Elaborar um panorama da questão educacional nas comunidades quilombolas existentes no Rio de Janeiro, analisando as desigualdades e diversidades que marcam a escola quilombola. Em relação à desigualdade, busca-se produzir uma avaliação da equidade de tratamento dadas as escolas que atendem a população quilombola em comparação com as demais. Já no tocante a diversidade, o objetivo é apreender em que medida a escola incorpora os temas gerais relativos à tradições afro e a história da escravidão, assim como, os temas específicos relativos à comunidade particular que ela esta inserida.
Também, pretende-se apreender qual a demanda que estas comunidades têm em relação à escola: sua relação concreta com os professores e diretores e o quanto e como a comunidade incorpora a educação e a escola em seu projeto político de futuro.
Finalmente, tais observações deverão ser colocadas em contexto, tendo em vista o debate e os relatos sobre outras experiências estaduais.

Metodologia
Tendo por ponto de partida a noção de “panorama”, a pesquisa utilizará (a) o método de levantamento de dados quantitativos e censitários relativos às populações, suas situações sócio-econômicas, situação de suas escolas, suas matrículas etc.; (b) o levantamento de informações oficiais e para-oficiais produzidas pelas diferentes agências governamentais e Departamento de Educação não-governamentais sobre tais comunidades; (c) a observação de campo, que incluirá o registro das condições de cada escola em área quilombola do estado, assim como entrevistas com gestores, professores e lideranças quilombolas.
No âmbito da nossa atividade de pesquisadores de Iniciação Científica, ficaremos responsáveis pela organização das informações na forma de um banco de dados reunindo as informações colhidas no âmbito da etapa “B” referida acima, assim como atuaremos na elaboração dos roteiros e apoiaremos a aplicação e análise dos registros fotográficos e entrevistas previstos na etapa “C” descrita acima.
Um dos produtos previstos para dar forma ao material recolhido desta forma é um Atlas estadual no qual agregaremos tais informações. Com base neste nível de agregação de dados, pretende-se elaborar análises mais amplas sobre o lugar da educação no desenho da questão quilombola no estado, dando destaque aos impactos de políticas públicas correntes. Assim como compará-las com o inventário das iniciativas mais importantes da educação voltada para população quilombola no país, registradas no nosso banco de dados.

Conclusões
Apesar do inegável caráter emergente da questão, o debate antropológico e, sobretudo, sociológico em torno do tema no Rio de Janeiro apresenta-se ainda incipiente. Uma vez que, há poucas bibliografias a cerca do tema e as leis vigentes que regulamentam a questão são muito recentes e por este motivo ainda precisam ser reformuladas para conseguir compreender este fenômeno em sua totalidade. Prova disto são os projetos de leis que estão tramitando no Congresso e que buscar dar mais efetividade a causa.
Neste sentido, elaboramos um banco de dados no qual foi possível mapear a legislação existente e analisar dentro de notícias e documentos os atores envolvidos na questão, como também os eventos que participaram. Isto nos possibilitou criar uma tabela com ordem cronológica de todos esses eventos sobre a temática quilombola e também relacionar cada um desses com os atores presentes. Além disso, no âmbito educacional estamos começando a produzir um banco de dados com as políticas educacionais para as escolas quilombolas, procurando identificar como estas diferem das demais. Neste aspecto, busca-se enfocar como a verba destinada a elas é utilizada. Segundo as regras do Fundeb que é o órgão responsável por este repasse pelo menos 60% desta verba tem que ser aplicada para pagar os salários dos professores e o restante deve ser utilizado em ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica.
Por fim, a pesquisa iniciou este ano e ainda estamos na fase inicial do projeto o que dificulta ter resultados mais concretos. Com os trabalhos de campo futuros estaremos mais próximos do nosso objeto de análise e poderemos ter respostas mais precisas para as nossas perguntas.























Referências
ARRUTI, J. M. P. A e Fátima Alves. 2008. Panorama da educação em comunidades remanescentes de quilombos: perspectivas para um balanço nacional. [versão preliminar]
ARRUTI, J. M. P. A ; WILLEMAN, E. M. . Programa Egbé-Territórios Negros: reflexões sobre um projeto de desenvolvimento local com base na identidade racial. O Social em Questão, v. 18, p. 185-195, 2008.
ARRUTI, J. M. P. A . e André Figueiredo. Processos cruzados: configurações da questão quilombola e o campo jurídico no Rio de Janeiro. Boletim Informativo NUER, Florianópolis, v. 2, n. 2, p. 77-94, 2005.



Clique aqui para ver o texto publicado no Caderno de Resumos do Seminário PIBIC 2009

Clique aqui para ver o texto publicado no Caderno de Relatórios Anuais PIBIC 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lapf - Equipe

Coordenador:

Pesquisadores:
  • André Videira de Figueiredo (Prof. UFRRJ)
  • Antônio J. P. da Paixão (Prof. UEPA e IFPA)
  • Eunápio Dutra do Carmo (Prof. CESUPA)

Estudantes:

      Doutodrado:
  • Kalyla Maroun (PUC-Rio)
  • Cristiane Taveira (PUC-Rio)
  • Márcia Correa e Castro (PUC-Rio)
  • Daniela Yabeta (UFF)
      Mestrado:
  • Cassius Cruz (UFPR)
  • Suely Noronha (PUC-Rio)
  • Roberta Rocha (Especialização - PUC-Rio)
      Graduação:
  • André Salles (História - PUC-Rio)
  • Alainaldo Cardoso (Pedagogia - PUC-Rio)
  • Alessandra Pereira (Ciências Sociais - PUC-Rio)
  • Ediléia Carvalho (Pedagogia - PUC-Rio)
  • Pedro Portella (Pedagogia - PUC-Rio)
  • Roberto Castro de Lucena (História - PUC-Rio)
  • Rodolfo da Silveira (Geografia - PUC-Rio)

Orientações em andamento



Doutorado  (Educação PUC-Rio)
- Kalyla Maroun
Projeto “Corporalidade e educação diferenciada – currículo e práticas culturais em contextos comunitários negros rurais e urbanos”.
Orientador: Isabel Lilis


Mestrado (Educação PUC-Rio)
- Suely Noronha
Projeto "O processo de produção das diretrizes estaduais para educação quilombola na Bahia"
Orientador: Vera Candau

Lapf - Projetos coletivos 2008-2010

• O Caminho das Coisas: projeto político pedagógico para escola diferenciada a partir de uma antropologia dos objetos (Paraty/RJ)
[CONCLUÍDO / 2009]
– Aborda a situação de comunidades tradicionais no sul fluminense e seus processos de reorganização pedagógica a partir de uma abordagem antropológica, histórica e estética dos objetos de memória, de patrimônio e de inserção na modernidade.
Fonte: FAPERJ.
Coordenação: Profa. Carla Dias (Dep. De Artes/PUC-Rio)
Pesquisadores associados: José Maurício Arruti (PUC-Rio), Prof. Carlos André L. Côrtes(Dep. De Artes/PUC-Rio).


• O Quilombo vai à Escola: diversidade étnica, práticas escolares e políticas educacionais no estado do Rio de Janeiro (FAPERJ 2010-2011)

Criação de subsídios para a implementação, no estado do Rio de Janeiro, da lei nº 10.639/03, tomando como caso as comunidades quilombolas do sul do estado do Rio de Janeiro (municípios de Rio Claro, Mangaratiba, Paraty e Angra dos Reis). São seus objetivos específicos: produzir material didático e paradidático sobre comunidades negras rurais e quilombolas no sul do estado do Rio de Janeiro, a partir de oficinas de memória nas escolas e posterior levantamento e registro dos relatos de memória coletiva
Saiba mais >>


• Panorama Quilombola do estado do Rio de Janeiro: Terra, Cultura e Educação (FAPERJ 2008-2011)
Elaborar um amplo levantamento do estado atual do tema no estado do Rio de Janeiro, por meio de uma análise das condições e impactos desta política de reconhecimento, tanto no que diz respeito às dinâmicas locais de tais comunidades, quanto às políticas públicas propostas e incidentes sobre elas. Tal análise terá como foco três temas fundamentais: a regularização fundiária, o largo campo das chamadas manifestações culturais e a educação diferenciada.
Saiba mais:
Resumo Estendido e Relatórios PIBIC dos estudantes envolvidos >>>
Sobre o Seminário promovido pelo projeto >> PROGRAMAÇÃO >> VÍDEOS


• Escola, memória e território quilombola na Região dos Lagos – apoio à implementação da Lei 10639/2003 e reflexão sobre uma proposta de educação diferenciada quilombola (FAPERJ 2011-2012)
Realizar uma intervenção combinada de pesquisa e qualificação em parceria com a Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, situada no município de Cabo Frio/RJ, mas que atende alunos provenientes das comunidades quilombolas Preto Forro, Rasa, Caveira e Botafogo (que somam algo em torno de 80% do seu total de alunos). Estimulando a aplicação da Lei 10.639/03, por meio da qualificação dos professores e do subsídio à produção de material didático sobre as comunidades quilombolas em questão, com base na pesquisa sobre os conhecimentos tradicionais e as histórias, cultura e o cotidiano das atuais comunidades quilombolas da região e do país.
Saiba mais >>


  
• Panorama da Produção da Pós-Graduação do Departamento de Educação da PUC-Rio (1972-2008)
- Organização de um Banco de Dados com todo o acervo de dissertações e teses do Dep. EDU/PUC-Rio, a ser oferecido como suporte para registro e consulta em tempo real, assim como para análises históricas e sociológicas da produção do primeiro departamento de pós-graduação em educação do país.
Fonte:FAPERJ/Dep. PUC-Rio.
Coordenação: José Maurício Arruti (PUC-Rio).
Assistente de pesquisa: Thiago T. de Oliveira (Bolsista IC, graduação em Educação/PUC-Rio)
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• Diagnóstico das Comunidades quilombolas baianas do Baixo Sul (Nilo Peçanha, Igrapiúna e Camamú/BA)
[CONCLUÍDO / 2009]
– Caracterização da situação sócio-econômica e escolar da população quilombola do litoral sul baiano (dados censitários, entrevistas nos órgãos oficiais dos três níveis da administração, entrevistas e oficinas com as comunidades) tendo em vista a produção de conteúdos didáticos voltados para a formação política da população local.
Fonte: Koinonia.
Coordenação: José Maurício Arruti (PUC-Rio)
Pesquisador associado: Natália Batista (Profa. Dep. Economia/USP)
Assistentes de pesquisa: Lúcia Helena, Ana Gualberto e Carla Siqueira Campos.

  

I Seminário História Social da Marambaia




O I Seminário História Social da Marambaia será realizado no dia 25 de setembro de 2009, na sala de reuniões de Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço, rua Santo Amaro, 129, Glória, das 16 às 18hs.

Os Seminários História Social da Marambaia são uma iniciativa do Lapf – Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação, da PUC-Rio, em colaboração com Koinonia e com o Programa de Pós-Graduação em História da Unirio.

O objetivo dos seminários é reunir pesquisadores envolvidos com questões e/ou documentações relativas à ilha da Marambaia, tendo em vista trocas e debates entre as diversas perspectivas analíticas em curso e a reunião de um volume sobre a História Social da ilha e de sua população.

Organização: José Maurício Arruti e Daniela Yabeta

SEMINÁRIOS ‘HISTÓRIA SOCIAL DA MARAMBAIA’

Esta proposta surge motivada pela necessidade de produzir uma resposta direta e academicamente qualificada ao livro, publicado em 2003 pela UFRRJ, intitulado 'História Natural da Ilha da Marambaia'. Produzido por biólogos, botânicos, geógrafos, geólogos e arqueólogos financiados direta ou indiretamente pela Marinha de Guerra do Brasil, o livro 'História Natural da Ilha da Marambaia' tem como um dos seus aspectos mais significativos, o de servir como peça política na disputa entre a Marinha de Guerra e a comunidade quilombola, ocupante tradicional da ilha. O seu capítulo ‘histórico’ recua até a Pré-história e descreve a ocupação indígena da ilha, saltando, em seguida, todo o século XIX e primeira metade do XX, para descrever a instalação do Centro de Adestramento Militar da Marinha (CADIM) na ilha, depois de 1971.

Editado e divulgado em um momento estratégico e crítico da mobilização daquela população pelos seus direitos ao território de ocupação tradicional, mas também pelo acesso a políticas públicas de caráter fundamental (como luz, água, escola, coleta de lixo etc.) a 'História Natural da Ilha da Marambaia' apagava os moradores da história da ilha, eliminando-os no plano das representações, como forma de facilitar a sua expropriação no mundo da vida. Para isso, produziu uma “história” que, mimetizando todos os signos de cientificidade, operou, de fato, da forma mais flagrantemente ideológica, com o objetivo de encobrir, apagar, silenciar, enfim, a história social da ilha.

A motivação do projeto 'História Social da Ilha da Maramabaia' está, portanto, em reunir esforços para realizar uma nova história da ilha e de sua população, investigando não só o período 'apagado', como as próprias estratégias de apagamento do período.

Metodologia

Estamos reunindo nossos acúmulos, assim como as pesquisas ainda em curso para submetê-los a encontros nos quais debateremos nossos achados e interpretações, submetendo-os a comentadores convidados, especialistas nos diferentes campos disciplinares e temáticos reunidos. Para isso, propomos três seminários ao longo do segundo semestre de 2009 (indicativamente: setembro, outubro e novembro) para chegarmos ao final do ano com um material suficientemente orgânico para compor um volume coletivo.

Organização

Primeiro Seminário:

• Sobre o tráfico de africanos na ilha da Marambaia a partir de 1831 (Daniela Yabeta, Unirio);

• Sobre a posse e a propriedade da terra na ilha da Marambaia (Daniela Yabeta e Pedro Parga, Unirio);

• Sobre a organização sócio-espacial da ilha da Marambaia no pós-abolição (J. M. Arruti, PUC-Rio);

• Sobre os processos jurídicos de expulsão dos moradores da ilha da Marambaia (Equipe Mariana Crioula);

Segundo Seminário:

• Sobre a Escola Técnica Darcy Vargas (Vladmir Zamorano, PUC-Rio);

• Sobre as estratégias da Marinha na expropriação da comunidade da ilha da Marambaia (J. M. Arruti, PUC-Rio);

• Sobre as Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público Federal (Equipe Mariana Crioula).

• Sobre o processo de reconhecimento como quilombolas e a controvérsia na esfera pública (André Figueiredo, UFRRJ e J. M. Arruti, PUC-Rio);

Terceiro seminário:

• Sobre a situação atual da educação na ilha – a escola e outras iniciativas de formação e capacitação (Tânia Amara, PUC-Rio);

• Sobre o jongo da Marambaia e a inserção do grupo em um ‘campo quilombola’ fluminense (Kalyla Maroun e Marisa Silva, PUC-Rio)

• Sobre a Oficina com a comunidade: texto coletivo (Ana Gualberto, Koinonia e moradores, Arquimar- Associação dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia).

OBS:

Os títulos são apenas indicativos e as datas ainda estão por se estabelecer. Novos trabalhos ainda poderão ser incorporados.

Para saber mais sobre a situação da Ilha, viste o DOSSIÊ MARAMBAIA do Observatório Quilombola.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Os Usos da Antropologia em Tempos de Multiculturalismo Oficial (RAM 2009)

VII RAM – Reunião de Antropologia do MERCOSUL

Buenos Aires, de 29 de setembro a 02 de outubro de 2009

GT 54 – Os Usos da Antropologia em Tempos de Multiculturalismo Oficial: Dilemas e Desafios do fazer Antropológico em Contextos de Pericias, Projetos de Intervençao e Cargos Técnicos no Estado


José Maurício Arruti

Morita Carrasco

Proposta de trabalho

Os Estados latino-americanos contemporáneos foram marcados, ao longo da última década, pela disseminação de reformas constitucionais e implantação de políticas de reconhecimento da diversidade sócio-cultural. Ao inverter o postulado assimilacionista das décadas anteriores e assumir como matriz das suas políticas e decisões jurídicas o multiculturalismo, tais Estados se obrigam a incorporar novos saberes e mesmo novas gramáticas que, recorrentemente, encontram seu fundamento no campo da Antropologia. Tal reaproximação entre Antropologia e Estado, porém, já não pode ser vista nem como variação do papel da disciplina no empreendimento colonial, nem mais como simples empreendimento militante que, do ponto de vista dos movimentos sociais, realiza a critica do Estado monocultural. Da mesma forma, o seu papel na ampliação da normatividade oficial e mesmo na conformação das políticas educacionais, de saúde, desenvolvimento,além da de a regularização fundiária, não permitem mais interpretar tal relação dentro dos estreitos limites de um debate operacional e metodológico. Este grupo surge da sugestão de que tal relação implica, hoje, em novas tensões, dasfios e dilemas.

Estamos interessados especialmente no que o título do GT faz referéncia, "os usos da Antropologia", pensando-a seja como uma saber, em diálogo, negociação ou confronto com outros; como uma simples perspectiva, que vem alterar percepções e abordagens práticas, ainda que não se apresente explicitamente nelas; como um simples rótulo profissional ou mesmo funcional, manipulado e manipulável em meio des exigencias e imprecisões que marcam as demandas do Estado e dos movimentos sociais; ou ainda como campo académico, cujas regras, hierarquias, orto e hetero-doxias sofrem o impacto dos deslocamentos provocados por sua inserção nas atuais controvérsias públicas acerca do direito a diferença.

Convidamos, portanto, aqueles que possuem experiencias de exercicio da Antropologia em contextos não estritamente académicos (pericias, projetos de intervenção e cargos técnicos no Estado) a reunirem seus relatos e analises neste GT, inspirados pela necessidade de ultrapassar o registro mais convencional de um debate que tem ficado preso as polarizações do ético ou do estritamente pratico ou metodológico.

Palavras-chave:

Teoria Antropológica; Estado, Movimentos Sociais, Direitos, Reflexividade

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Memória e Território: narrativas de ocupação e expropriação (EHONE 2009)

VII Encontro de História Oral do Nordeste

Aracaju, UFS, 26 a 29 de outubro de 2009

GT 7 - Memória e Território: Narrativas de Ocupação e Expropriação

Proponente: Prof. Dr. André Luiz Videira de Figueiredo (UFRRJ)

E-mail: andre.videira@gmail.com


Ementa: O objetivo deste Grupo de Trabalho será reunir registros e análises acerca dos modos como os grupos étnicos definem seus padrões de ocupação territorial, a partir dos diferentes condicionantes políticos do processo de produção da memória.

Resumo:

Os territórios étnicos constituíram, na história do Brasil, enclaves nos quais índios, comunidades negras rurais e outros povos tradicionais tentaram resistir, com maior ou menor sucesso, à lógica da propriedade privada e à sanha expropriatória dos senhores da terra, do grande capital e, por vezes, do próprio Estado. Tais formas tradicionais de ocupação da terra, de caráter coletivo e fundadas nos modos de organização dos grupos, foram traduzidas em dispositivos legais os mais diversos, todos eles constituídos em oposição às formas privadas de propriedade. Quer seja no plano político, quer seja na esfera jurídica, a garantia de tais direitos aos grupos demandantes está condicionada ao acúmulo e registro denarrativas que consolidem tais formas autárquicas de ocupação material e imaterial do espaço e de gestão do território, em geral articuladas pelos grupos a partir de uma gramática dos direitos. Tais elaborações, em geral enunciadas em momentos de perigo e conflito, se organizam de duas maneiras: como narrativas de ocupação, por vezes articuladas como histórias de constituição do próprio grupo, a superpor formas de nomeação e organização de comunidades e territórios; ou ainda como narrativas de expropriação, nas quais a ação dos conflitantes é elaborada como supressão de direitos territoriais, a produzir argumentos em torno da legitimidade de suas formas de ocupação e gestão territorial. Assim, o objetivo deste Grupo de Trabalho será reunir registros e análises acerca dos modos como os grupos étnicos definem seus padrões de ocupação territorial, a partir dos diferentes condicionantes políticos do processo de produção da memória. Como resultado, pretende-se obter um painel das formas de elaboração das narrativas de apropriação e de expropriação, e de como tais discursos elaboram as concepções de terra e territorialidade.