O Lapf foi criado em 2008 no âmbito do Departamento de Educação da PUC-Rio, tendo sido registrado no diretório do CNPq entre 2009 e 2011. Seu objetivo foi a promoção da análise dos processos de agenciamento de identidades, memórias e territórios coletivos, em sua relação com os processos de produção e transmissão do conhecimento, tanto em suas modalidades escolares quanto não escolares. A partir de 2012, porém, suas atividades regulares foram encerradas. Este espaço permanece disponível como registro desta experiência de pesquisa e como meio para que seus antigos participantes eventualmente possam continuar divulgando e promovendo o tema.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

‘Caminho Quilombola’ – Interpretação constitucional e reconhecimento de direitos étnicos

‘Caminho Quilombola’ – Interpretação constitucional e reconhecimento de direitos étnicos
de André Luiz Videira de Figueiredo

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PREFÁCIO
Por José Maurício Arruti



Depois dos primeiros reconhecimentos oficiais de comunidades quilombolas no estado do Rio de Janeiro, no ano de 1999, emerge aquilo que poderíamos chamar de um ‘campo quilombola’ no estado. Este campo, ainda hoje muito tímido em suas conquistas e frágil em sua organização interna, foi instituído pela expansão rizomática, lenta, desigual, tantas vezes falha e fantasiosa de informações acerca dos novos direitos a que as comunidades negras, principalmente as rurais, poderiam ter acesso por meio da sua reclassificação, de camponeses, trabalhadores rurais, posseiros, assentados ou outras, para quilombolas.

André Videira de Figueiredo foi, desde quase o primeiro momento, um companheiro de observação deste processo. As reuniões de estudo e debate sobre a situação destas comunidades, nas quais reuníamos cientistas sociais, militantes políticos e militantes do campo jurídico (desde jovens acadêmicos em formação até defensores públicos e procuradores da república) constituíram o cenário no qual desenvolvemos uma sólida parceria materializada em projetos e textos, mas, principalmente, uma rica amizade. Sua presença, como antropólogo e professor de sociologia jurídica, ocupou uma função importante na tecitura tanto da rede de atores sociais envolvidos nestes encontros, quanto nos diálogos que mantínhamos por meio deles.

Esses encontros de estudo e debates acabaram se transformando também no espaço para onde a curiosidade movia pessoas diretamente envolvidas com estas comunidades, trazendo informações sobre seus conflitos e dramas sociais, assim como levando de volta informações colhidas junto aos pesquisadores e advogados que haviam se interessado por sua situação. Em alguns casos, tais encontros acabaram por gerar assessorias jurídicas gratuitas aos casos apresentados, assim como a elaboração de relatórios preliminares.

Foi neste contexto que tivemos contato, pela primeira vez, com a situação da família do ‘seu Dito’, mais conhecida como Família Leite, que nos foi apresentada como Comunidade de Alto da Serra. Uma ‘família’ que vivia o drama de um forte racismo institucional, que lhes tornava invisíveis frente aos serviços da municipalidade e às políticas do estado, mas que, ao mesmo tempo, lhes fazia objeto permanente da delegacia local, por meio da qual eram acuados pelos pretensos proprietários das terras que ocupavam de forma pacífica há mais de 50 anos. Rapidamente ‘seu Dito’ e sua família passaram ao centro do nosso interesse e André foi tomando a frente no acompanhamento da situação.

O livro que vocês têm em mãos materializa, portanto, vários encontros e um determinado momento que eu considero crucial na formação do campo quilombola no Rio de Janeiro, ganhando diversos níveis de significação. Minha intenção aqui é apenas destacar alguns destes significados, que eu creio ganharem um valor geral do ponto de vista da ainda breve história intelectual do fenômeno quilombola.

Em primeiro lugar, O Caminho Quilombola tem o mérito de trazer para o campo de debates próprios da Sociologia um tema que tem se mantido quase exclusivamente como objeto da Antropologia. Não tenho interesse e exagerar distinções disciplinares que, principalmente diante da tradição da Ciência Social feita no Brasil, são artificiais. Mas, de fato, há uma lacuna a preencher entre o modo pelo qual a Antropologia tem tratado das comunidades quilombolas e os debates, necessariamente mais gerais e mais teóricos, pelos quais a Sociologia, em especial a Sociologia Jurídica, tem abordado o tema das Políticas de Reconhecimento. Se, de um lado, uma Antropologia cada vez mais política, tem buscado incorporar em seu vocabulário e no seu campo de análise etnográfica categorias como mediação, esfera pública, campo jurídico, muito mais dificilmente, porém, a Sociologia se mostra disposta a investir suas categorias e modelos de análise sobre um campo empírico repleto de detalhes etnográficos, categorias nativas, simbolismos religiosos etc., como o faz Figueiredo.

É justo desta perspectiva que eu percebo sua análise do conceito de “comunidade aberta de intérpretes” de Häberle, projetado sobre o contexto de Alto da Serra. Figueiredo descreve de que modo aquilo que em geral – sob o perigo iminente de incorrer em deslegitimação política – é descrito como simples “manipulação” das categorias jurídicas disponíveis, pode ser melhor compreendido e interpretado nos termos de uma dialética entre dois níveis da abertura da interpretação constitucional, correspondentes às diferentes escalas em que os mediadores-intérpretes atuariam. De um lado, aquela abertura que se opera no plano nacional e no sentido de uma generalização das categorias locais. De outro lado, aquela abertura interpretativa que se opera no plano local e em um sentido de adequação das categorias abstratas. A inversão simétrica entre estas operações hermenêuticas revela a homologia que liga os agenciamentos da lei nos dois planos discursivos em que a sociedade brasileira tem enfrentado a novidade quilombola, de forma que não é mais possível deslegitimar um destes planos quando se supõe a legitimidade do outro.

Ao observar de perto a ação destes intérpretes em Alto da Serra, o autor desenha uma tipologia tão interessante quanto útil para pensar outros processos de formação quilombola. Ele demonstra que é a partir de uma certa divisão social do trabalho político que surgem estas figuras híbridas de liderança comunitária e intérprete da lei, que atuam fundamentalmente de forma a mediar o acesso da sua comunidade étnica ao universo abstrato, distante e mesmo improvável, das possibilidades da lei. Este trabalho de mediação, que parte dos antropólogos chamaria de tradução, ao ser visto como um processo de interpretação, como proposto por Figueiredo, revela como a “tensão centro-periferia”, que caracterizaria a própria “comunidade aberta de intérpretes da Constituição”, passaria a marcar posições dentro da própria comunidade quilombola.

Isso permitiria dar lugar sociológico às diferenças de posição entre dois tipos ideais: aqueles que, participando ativamente das práticas interpretativas, assumem uma postura ativa na definição da fronteira que delimita e dos conteúdos que preenchem a idéia de uma “identidade quilombola”; e aqueles que se mantém na condição de consumidores alienados das novas categorias interpretativas postas em jogo. Se de um lado temos quilombolas que assumem a condição de “consumidores qualificados do conhecimento construído”, de outro lado existem aqueles que, na periferia do processo de interpretação coletiva que configura o próprio processo de identificação étnica, não ultrapassam a posição de simples adesão à iniciativa coletiva. Estes últimos constituem uma categoria de atores que mantém uma posição ambígua diante da etnicidade.

Outro mérito do livro é o de realizar uma das tarefas fundamentais da etnografia, qual seja, a de registrar as formas locais de organização social e sua tradução em categorias de descrição e entendimento do mundo, que nos permitem ampliar e questionar o nosso próprio repertório de categorias. Isso é feito pela inclusão da categoria local, “tomar conta”, no complexo jogo que define a relação jurídica – pensada de forma larga – entre as categorias de posse e propriedade. Com isso Figueiredo propõe uma triangulação, no lugar das dicotomias correntes entre concreto e abstrato, efetivo e formal, ilegal e legal, normalmente estabelecidas entre aqueles termos, deslocando-os dos seus registros originais. Como revela sua análise, há em Alto da Serra uma situação complexa em que temos “terras livres” sem termos terras novas, temos uma fronteira mesmo onde a propriedade formal já se apresentaria estabelecida. Isso porque a categoria “tomar conta” surge em resposta (interpretação) ao artificialismo do vínculo que um proprietário absentista gera com a terra, ao mesmo tempo em que está na base da relação concreta que uma categoria especial de posseiros vem estabelecer com esta mesma terra. De categoria complementar à de propriedade, “tomar conta” converte-se em categoria concorrente, ao gerar uma relação objetiva com a terra que, no decorrer de um longo espaço de tempo, desequilibraria o conjunto de obrigações mútuas que a categoria supõe. Como o proprietário não assume qualquer compromisso com o ocupante que toma conta das suas terras, esta relação tende a esgarçar-se.

“Na prática, explica Figueiredo, trata-se de uma categoria agenciada para explicar o processo de ocupação e produção na terra e, como veremos, para articular uma concepção de direitos adquiridos sobre ela”. O que lhe permite tomar a categoria como um dos eixos de identificação como quilombola que operam no processo de auto-atribuição em Alto da Serra: a participação política, o pertencimento familiar-comunitário e a insegurança jurídica na posse da terra, revelada pela categoria ambígua de “tomar conta”. A introdução deste terceiro termo, como um marcador positivo na definição das comunidades quilombolas, quase simétrico na sua função sociológica, à categoria de “uso comum”, dá mais um e importante passo na ponte que vamos estabelecendo entre a análise antropológica dos grupos étnicos e a interpretação honnethiana que dispõe na base das lutas sociais um conflito moral, pensado então em sua positividade de motor de um agenciamento coletivo.

Finalmente, para não corrermos o risco de estender demais um texto que deve apenas chamar atenção para algumas das qualidades do livro, vale a pena destacar como a análise de Figueiredo sobre a situação da Família Leite coloca em um outro lugar o debate sobre a relação entre política fundiária, objetivo primeiro e mais importante tanto para o movimento social quanto para seus assessores e estudiosos, e as demais políticas públicas, em geral apresentadas como uma espécie de dispositivo de dispersão estrategicamente criado pelo Estado brasileiro para desviar o esforço da mobilização pela terra. Voltando á linguagem teórica do início da tese e afastando-se de uma interpretação fundada em supostas intencionalidades, Figueiredo mostra como a entrada da comunidade de Alto da Serra no campo quilombola implica a produção de expectativas e de realidades sociais que, ainda que tendo a terra no centro, não podem ser satisfatoriamente compreendidas apenas em função da política fundiária, aqui assimilada à política redistributiva. As demais políticas desempenham como ele mostra, um papel fundamental no novo lugar moral que o reconhecimento, propriamente dito, cria para aquela comunidade historicamente submetida a um silencioso e sistemático racismo. Isso certamente torna mais complexa e cuidadosa nossa visão do fenômeno.
Estas são algumas das razões pelas quais acredito que os estudos sobre comunidades quilombolas amadurecem com a sociologia produzida no Caminho Quilombola de André Figueiredo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

II Audiência para Elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola


Audiência Quilombola na Bahia

Aconteceu na última sexta-feira (30/9), 9h – 14h, no município de São Francisco do Conde-BA, a II Audiência para Elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em parceria com Secretaria estadual e municipal de educação, SEPROMI e CEPAIA.

Participaram dela lideranças quilombolas e do Movimento Negro, professores, especialistas em educação e gestores governamentais, sendo contabilizada a presença de 48 municípios baianos.

A audiência desdobrou-se em três momentos específicos: a) mesa oficial de abertura composta por representantes da SECADI/MEC, SEPPIR, CNE/MEC, FCP, CONAQ, Secretaria Estadual de Educação e Executivo Municipal; b) Mesa de Trabalho: A educação escolar quilombola que temos e a que queremos (escuta dos participantes e registro) e; c) Encerramento com leitura de documento síntese das propostas.

O momento mais importante da audiência, mesa de trabalho, foi conduzido pela conselheira Nilma Lino Gomes (relatora das diretrizes) e Rita Gomes do Nascimento (presidente da comissão para elaboração das diretrizes). A conselheira comentou sobre a trajetória das diretrizes dentro do CNE/MEC e o significado da mesma. Aberto o momento de escuta, cada pessoa inscrita teve o tempo de 2 minutos para realização de denúncia e de proposição.

Abaixo segue uma síntese das propostas pontuadas pela mesa:
  • Formação inicial e continuada de professores quilombolas e não quilombolas que atuam nas escolas em áreas de quilombos. Denúncia sobre a rotatividade dos professores nas escolas quilombolas;
  • Formação de gestores e de coordenadores pedagógicos;
  • Necessidade de articular a discussão da educação escolar quilombola com as políticas de ação afirmativa existentes na perspectiva de acesso, permanência e continuidade dos estudantes de ensino médio e ensino superior;
  • Estabelecer parceria com as universidades e articulação ensino, pesquisa e extensão;
  • Criação de cursos profissionalizantes para jovens quilombolas de modo a criar estratégias de permanência no local e não abandono: novas tecnologias (agricultura, pesca etc.), inclusão digital, acesso à internet, tecnologias da informação e da comunicação...;
  • Pensar a educação especial junto à educação quilombola: educação inclusiva elaborada junto às famílias a partir das demandas locais;
  • Valorização da cultura negra e quilombola;
·         Articulação entre os saberes produzidos pelas comunidades quilombolas, suas histórias e os saberes mais gerais, diversidade de saberes para além dos já conhecidos pelas comunidades;
  • Discussão de pedagogias específicas com outras epistemologias pensando o currículo da educação escolar quilombola: oralidade, ancestralidade, comunitarismo, cultura corporal, educação pela práxis, tecnologias educacionais, sustentabilidade, valorização dos saberes dos mais velhos (eixos principais);
  • Interseccionalidade entre raça, etnia, gênero e sexualidade;
  • Pensar a relação dos direitos humanos e a educação escolar quilombola;
  • Proposta de educação quilombola que tenha como um dos princípios geral a emancipação dos sujeitos;
  • Inserir as histórias específicas das comunidades quilombolas no currículo;
  • Favorecer maior tempo dos estudantes quilombolas nas escolas (o que não significa educação integral);
  • Que a alimentação/merenda escolar quilombola, ainda desconectada dos costumes locais, garanta um ‘salvaguarda’ dos modos de ser e de produzir das comunidades;
  • Garantir autonomia das escolas quilombolas na construção e gestão do PPP;
  • Gestão dos sistemas de educação e gestão da escola como viabilização do PPP e do currículo;
  • Promoção da saúde como orientação no currículo;
  • Discussão da juventude quilombola junto à discussão da escola e do currículo;
  • Discussão da infância quilombola: necessidade de educação infantil, creches. Denúncia da nucleação e do transporte escolar usado pelas crianças. Preferencia que as crianças não sejam deslocadas das comunidades. A escola tem que está perto, nas comunidades;
  • As diretrizes devem denunciar e oferecer orientações pedagógicas para as tensões existentes nas comunidades quilombolas e em geral relativas ao campo religioso. Denúncias de práticas afroteofóbicas, homofóbicas e racistas;
  • Incentivar a promoção de uma arquitetura específica na construção de escolas quilombolas, favorecendo espaços culturais e pedagógicos;
  • CNE pensar o comprometimento das secretarias estaduais e municipais para cumprimento das diretrizes nacionais para educação escolar quilombola;
  • Existência de cotas para professores e servidores quilombolas nos concursos públicos;
  • Poder público deve produzir material didático específico que dialogue com a comunidade quilombola e seja parte do currículo: crítica ao material existente e ao uso que se faz;
  • Criar orientações para os sistemas de ensino elaborar o calendário escolar em diálogo com as comunidades quilombolas;
  • Propor sistemas de avaliação específicos para educação escolar quilombola e crítica do existente;
  • Que as relações étnico-raciais sejam estruturantes das práticas de educação escolar quilombola;
  • Criar estratégias políticas para cumprimento da Lei 10.639/2003 e articulação com as diretrizes operacionais da educação básica nas escolas do campo;
  • Criação de um ‘lugar’ (coordenações) para se discutir a educação escolar quilombola, representados por quilombolas, dentro das secretarias (estaduais e municipais) e nos conselhos, inclusive com recurso governamental para garantir transporte e a participação dos representantes quilombolas;
  • Financiamento da educação escolar quilombola articulado junto ao PNE: construção de escola, material didático, programas de geração de renda, melhoria dos salários dos professores;
  • Articulação das diretrizes nacionais de educação escolar quilombola com outras diretrizes já existentes, como a do estado da Bahia;

A conselheira, por fim, pontuou o caminho a ser percorrido no processo de aprovação das diretrizes: após finalização da terceira audiência será produzido um documento contendo eixos comuns e especificidades das consultas nos estados; prevê-se que este documento seja socializado a partir de janeiro de 2012 para novas contribuições públicas. Em seguida, o CNE discute internamente o documento na Câmera de Educação Básica (CEB), o qual pode sugerir mudanças. Este sendo aprovado de comum acordo na CEB segue para o MEC, o qual será lido pelo ministro e seus assessores, onde podem homologar, devolver para reexaminar ou mesmo não homologar, este último acredita não haver possibilidade de acontecer. Afirmou que não é um processo rápido.

Convém destacar que o Estado da Bahia iniciou o processo de elaboração das diretrizes estaduais de educação escolar quilombola em 2010, onde realizou audiências públicas em três territórios do estado, assim como formação de professores quilombolas e não quilombolas em territórios não contemplados nas audiências. Atualmente o texto das diretrizes está sendo avaliado pela Secretaria Estadual de Educação, o qual será também submetido à apreciação do Movimento Quilombola no estado e encaminhado ao Conselho Estadual de Educação.

Suely Noronha de Oliveira
Mestranda em Educação PUC-RJ
Bolsista IFP - Fundação Ford

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Horizonte da política: Questões Emergentes e Agendas de Pesquisa

Adiantando o índice do livro a ser lançado em junho de 2012 pela UNESP.

A versão em espanhol acaba de ser publicada no México:
“El Horizonte de la política – Brasil y la agenda contemporánea de investigación en el debate internacional”, México: CIESAS (Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social), 2011.

Versão brasileira:

O Horizonte da política: Questões Emergentes e Agendas de Pesquisa


Prólogo
Adrian Gurza Lavalle
O Horizonte da Política 


Parte I 
A Política nas Instituições Políticas

Capítulo 1.
Argelina Figueiredo, Fernando Limongi
Que instituições políticas importam e para que importam – Lições dos Estudos Legislativos no Brasil

Capítulo 2.
Marta Arretche, Daniel Vazquez, Sandra Gomes
Descentralização e Autonomia – Deslocando os Termos do Debate

Capítulo 3.
Eduardo Marques, Renata Bichir, Sandra Gomes, Renata Gonçalves, Thais Pavez
Os Desafios da Metrópole – Desigualdades Sociais, Políticas Públicas e Segregação

Capítulo 4.
Miriam Dolhnikoff, Francisleide Maia, Hernan Lara Saez, Pedro Paulo Moreira Sales e Vitor Gregório
Representação Política no Império – Crítica à Idéia do Falseamento Institucional


Parte II
O Político e a Política Emergente


Capítulo 5
Paula Montero, José Maurício Arruti e Cristina Pompa
Para uma Antropologia do Político

Capítulo 6
Adrian Gurza Lavalle, Peter P. Houtzager e Graziela Castello
A Construção Política das Sociedades Civis

Capítulo 7
Vera Schattan P. Coelho e Arilson Favareto
Conexões entre Participação, democracia e desenvolvimento – Investigação dos impactos políticos e distributivos da participação social
Capítulo 8
Denílson Werle, Evorah Lusci Costa Cardoso, Felipe Gonçalves Silva, Luiz Sérgio Repa, Maíra Rocha Machado, Marta Rodriguez de Assis Machado, Priscila Spécie, Rúrion Soares Melo e Sérgio Costa
Para além da Inefetividade da Lei – Estado de direito, Esfera Pública e Anti-racismo

Capítulo 9
Flávia Portella Püschel, José Rodrigo Rodriguez e Marta Rodriguez de Assis Machado
A democratização do Direito – Dilemas da Juridização e Racismo no Brasil

Bibliografia em Antropologia e Educação

Este é um levantamento preliminar, que privileigiou textos disponíveis on-line, uma lista a ser explorada, montada para estar disponível à nossa disciplina de Antropologia e Educação.
jma

Proposições e avaliações de um diálogo

Autores em destaque:

Carlos Rodrigues Brandão

1981 [2007 - 49a. edição] O Que é Educação. São Paulo: Brasiliense (Coleção Primeiros Passos 20) Link 4shared: / Link Scrib: / Link Slide5hare:

S/D. Educar: Ousar utopias. Da educação cidadã à educação que a pessoa cidadã cria. Escritos abreviados. Série: cultura/educação – 6 Link:

S/D. Sobre teias e tramas de aprender e ensinar - anotações a respeito de uma antropologia da educação. Escritos abreviados. Série: cultura/educação – 8. Link:

Neusa Gusmão

1997. Antropologia e educação: Origens de um diálogo. Cad. CEDES vol. 18 n. 43 Campinas Dec. Link:

1999. Linguagem, cultura e alteridade: Imagens do outro. Cadernos de Pesquisa, nº 107, p. 41-78, julho. Link

2003. Antropologia, processo educativo e oralidade: um ensaio reflexivo. Pro-posições, vol. 14, no. 1 (40), jan/abr. Link

2008. Antropologia, Estudos Culturais e Educação: desafios da modernidade. Pro-Posições, v. 19, n. 3 (57) - set./dez. Link:

2009. Entrelugares: antropologia e educação no Brasil. Educação – Rev. do Centro de Educação da UFSM, v. 34, n. 1, jan./abr. Link:

Ana Lúcia Valente

1997. Por uma antropologia de alcance universal. Cad. CEDES vol. 18 n. 43 Campinas Dec. Link

1998. Para além do multiculturalismo: a educação intercultural na Europa. R. bras. Est. pedag., Brasília, v.79, n.191, p.7-18, jan./abr. Link:

1996. Usos e abusos da Antropologia na Pesquisa Educacional. Pro-posições n. 7, vol. 2 (20), 54-64, julho. Link:

2003. Antropologia e Educação: o antigo diálogo retomado? Rev. da FACED – UFBA. No 7. Link:

2005. O ensino na interface da antropologia e da educação: um caso de Extensão Rural. Educação. Porto Alegre – RS, ano XXVIII, n. 2 (56), p. 227 – 241, Maio/Ago. Link:


Outros autores:

CARVALHO, José Carlos de Paula.1982. Rumo a uma Antropologia da Educação: prolegômenos. Revista da Faculdade de Educação da USP, 8(2), 113-132. Link:

ROCHA, Ana Luiza Carvalho da. 2005. Antropologia e doutrinas pedagógicas: quando os devorados somos nós. Porto Alegre, GEEMPA (Coleção Textos Geempianos n.2). Link:

ROCHA, Gilmar. 2009. Antropologia & Educação / Gilmar Rocha & Sandra Pereira Tosta . – Belo Horizonte : Autêntica Editora. – (Coleção Temas & Educação; 10). Link:

SOUZA, Mauricio Rodrigues de. 2006. Por uma educação antropológica: comparando as idéias de Bronislaw Malinowski e Paulo Freire. Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 33 set./dez. Link:

ZANTEN, Agnès van. 1999. Saber global, saberes locais: Evoluções recentes da sociologia da educação na França e na Inglaterra. Revista Brasileira de Educação. Set/Out/Nov/Dez Nº 12. Link:


O 'método etnográfico' na pesquisa em educação como problema:

CHARLOT, Bernard. 1992. A ETNOGRAFIA DA ESCOLA. Em Aberto, Brasília, ano 11, n.53, jan./mar. Link:

FONSECA, Claudia. 1999. Quando cada caso NÃO é um caso - Pesquisa etnográfica e educação. Revista Brasileira de Educação. Jan/Fev/Mar/Abr Nº 10. Link:

HASSEN, Maria de Nazareth Agra. S/D. Etnografia: noções que ajudam o diálogo entre antropologia e educação. Link:


Estudos temáticos

Relações étnico-raciais
Gomes, Nilma. 1996. EDUCAÇÃO, RAÇA E GÊNERO: RELAÇÕES IMERSAS NA ALTERIDADE. cadernos pagu (6-7). Link:

Gomes, Nilma. 2002. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos ou ressignificação cultural? Revista Brasileira de Educação, 21. Link:

Gomes, Nilma. 2003. Cultura Negra e Educação. Revista Brasileira de Educação. Maio- Ago, Nº 23. Link:
Gomes, Nilma. 2003. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1. Link:


Gênero e sexualidade
Grossi, Miriam Pillar. s/d. IDENTIDADE DE GÊNERO e SEXUALIDADE. Link:
SABAT, RUTH. .Pedagogia cultural, gênero e sexualidade. Rev. Estud. Fem. vol.9 no.1 Florianópolis 2001. Link:

Britzman, Deborah. 2000. Curiosidade, sexualidade e currículo. Link:

BORGES, Zulmira Newlands. Entrelaçamentos entre antropologia e educação e suas contribuições para a inclusão de gênero e sexualidade como temas transversais na escola. Link:

SAYÃO, Deborah Thomé . A Construção De Identidade E Papéis De Gênero Na Infância: Articulando Temas Para Pensar O Trabalho Pedagógico Da Educação Física Infantil. Link:


Necessidades Especiais

GARDOU, Charles. 2006. Quais os contributos da Antropologia para a compreensão das situações de deficiência? Revista Lusófona de Educação, 8, 53-61. Link:

LAPLANE, Adriana Lia Friszman de /e outros/. 2006.Abordagem Qualitativa De Pesquisa Em Educação Especial: Contribuições Da Etnografia. 29º. Encontro da ANPED. GT: Educação Especial / n.15. Link:

MORAES, Marcia. 2008. A contribuição da antropologia simétrica à pesquisa e intervenção em psicologia social: uma oficina de Expressão corporal com jovens deficientes visuais. Psicologia & Sociedade; 20, Edição Especial: 41-49. Link:

MARTINS, José Alves e BARSAGLINI, Reni Aparecida. 2011. Aspectos Da Identidade Na Experiência Da Deficiência Física: Um Olhar Sócio-Antropológico. INTERFACE - Comunicação, Saúde, Educação v. 15, n. 36. Link:


Educação do Campo
VALENTE, Ana Lúcia. 2005. O ensino na interface da antropologia e da educação: um caso de Extensão Rural. Educação. Porto Alegre – RS, ano XXVIII, n. 2 (56), p. 227 – 241, Maio/Ago. Link:

VALENTE, Ana Lúcia. 2008. A EDUCAÇÃO . NO CAMPO E A SUA REALIDADE - POR UM NOVO PATAMAR DE DISCUSSÃO. Link:


Educação e infância indígena
COHN, Clarice. 2000. Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá. Rev. Antropol. vol.43 no.2 São Paulo 2000. Link:

COHN, Clarice. 2005. Educação escolar indígena: para uma discussão de cultura, criança e cidadania ativa. Revista Perspectiva. vol.23, n. 2. Link:

GOMES, Ana Maria R. 2006. O processo de escolarização entre os Xakriabá: explorando alternativas de análise na antropologia da educação. Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 32 maio/ago. Link:

MARQUI, Amanda. 2011. Fazendo etnografia entre as kyringué: a pesquisa com crianças Guarani Mbya da Amazônia. Jornadas de Antropologia da UNICAMP. Link:


Em torno dos processos de ensino e aprendizagem
PELISSIER, Catherine. Anthropology of teaching and learning. Annual Review of anthropology. Link:

SANTOS, Rafael José dos e ARANTES, Eduardo Manchon. “Professor, sou muito etnocêntrica!” Ou: Relato sobre a dupla dimensão da descoberta da antropologia em sala-deaula. Percursos – Ver. da UDESC. Link:

VIEIRA, Ricardo. Processo educativo e contextos culturais: notas para uma antropologia da educação. Porto Alegre – RS, ano XXIX, n. 3 (60), p. 525 – 535, Set./Dez. 2006. Link: