O Lapf foi criado em 2008 no âmbito do Departamento de Educação da PUC-Rio, tendo sido registrado no diretório do CNPq entre 2009 e 2011. Seu objetivo foi a promoção da análise dos processos de agenciamento de identidades, memórias e territórios coletivos, em sua relação com os processos de produção e transmissão do conhecimento, tanto em suas modalidades escolares quanto não escolares. A partir de 2012, porém, suas atividades regulares foram encerradas. Este espaço permanece disponível como registro desta experiência de pesquisa e como meio para que seus antigos participantes eventualmente possam continuar divulgando e promovendo o tema.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Seminário PLURALISMO JURÍDICO E MULTICULTURALISMO na Escola Superior do Ministério Público

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO

PLURALISMO JURÍDICO E MULTICULTURALISMO
Escola Superior do Ministério Público
Brasília, 13 e 14 de abril de 2010


PRIMEIRO DIA
dia 13/04/2010

Abertura- 9:30- 10:00
Dra. Deborah Duprat, Vice-Procuradora-Geral da República

MESA 1- 10:00
Interculturalidad y pluralismo
Catherine Walsh
(Universidad Andina Simon Bolívar, sede Equador) – 40min

Debatedores:
Rita Segato/UNB - 20min
Paulo Tadeu Gomes da Silva/PRR- 3ª Região – 20min

Debates: 11:20-12:00


MESA 2- 14:00
Los desafios del pluralismo legal: derechos culturales, interlegalidad y pueblos originarios.
Manuel Alberto Jesús Moreira
(juiz e antropólogo, Presidente e fundador do CEDEAD / Centro de Estúdios em Antropologia y Derecho) - 40min.

Debatedores:
Alvaro Ricardo/PRMG – 20min.
Ricardo Verdum/INESC- 20min.

Debates: 15:20- 16:00

Intervalo: 16:00- 16:15

MESA 3- 16: 15
El pluralismo juridico en constitucionalismo latinoamericano
Raquel Irigoyen
(Instituto Internacional de Derecho y Sociedad/Peru) – 40 min.

Debatedores:
Raul Silva Telles do Valle /ISA – 15 min.
José Mauricio Arruti/ PUC-Rio e Observatório Quilombola - Koinonia – 15 min.
Walter Claudius Rothenburg/ PRR- 3ª Região – 15 min.

Debates: 17:40- 18: 20

SEGUNDO DIA
14/04/2010

MESA 1- 9:30
Pluralismo y justicia en Bolívia
Esteban Ticona Alejo
(Doutor pela Universidad Andina Simon Bolívar, Director General Academia Diplomática Plurinacional, Universidad Mayor de San Andrés / Carrera de Antropologia, La Paz) - 40 min.

Debatedores:
Paulo Cogo Leivas/ PRR- 4ª Região – 20 min.
Juliana Santilli/ Promotora de Justiça/MPDFT – 20 min.

Debates: 10:50- 11:30

MESA 2- 14:00
Diversidade cultural na Colômbia: análise de julgados da Corte Constitucional
Daniel Bonilla Maldonado
(Universidad de los Andes / Colômbia) – 40 min.

Debatedores:
Daniel Sarmento/PRR 2ª Região - 20 min.
Raquel Sparemberger, Pós-doutora UFSC - 20 min.

Debates: 15:20- 16:00

Intervalo: 16:00-16:15

MESA 3- 16:15
Estado plurinacional en el Equador
Raúl Llasag Fernandez
(advogado quéchua, docente de administración de justicia indígena de la Universidad Andina Simón Bolívar sede Ecuador) – 40 min.

Debatedores:
Gersem Baniwa/ MEC – 15 min.
Rosane Lacerda/UFG- 15 min.
Thaís Colaço/UFSC- 15 min.

Debates: 17:40-18:20

terça-feira, 9 de março de 2010

Vídeos do Seminário Panorama Quilombola 2009 no Portal da PUC-Rio

Estão disponíveis no Portal PUC-Rio, desde o início do ano, as gravações das Mesas Redondas realizadas no âmbito do Seminário:

Panorama Quilombola: Experiências e Políticas em Educação, Terra e Cultura

Realizado entre 30 de novembro e 02 de dezembro de 2009, o seminário foi uma iniciativa do Lapf, do Dep. De Educação da PUC-Rio, e contou com o apoio do Dep. De Direito, de Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço, assim como da Rede Educação Quilombola (http://groups.google.com.br/group/reduq).


Mesa Redonda 1 - Experiências e políticas oficiais em educação para quilombos
(Dia 30/11)
Na tarde do primeiro dia houve uma mesa redonda sobre Experiências e políticas oficiais em educação para quilombolas, moderada por Fátima Alves (Dep. Educação PUC-Rio), com os expositores Joseline Brandão (Secretaria de Cultura e Cidadania do Ministério da Cultura, Brasília, Cassius Cruz (Secr. de Educação do estado do Paraná e Willivane Melo (Secr. de Educação do município de Santarém – PA), contando com José Maurício Arruti (Dep. Educação PUC-Rio) como debatedor.
Para assistir, clique aqui:


Mini-Fórum sobre escolas quilombolas do Rio de Janeiro
(Dia 30/11)
Na noite do primeiro dia houve um diálogo sobre as escolas quilombolas do estado do Rio de Janeiro, com a presença de gestores municipais, diretores de escolas, educadores e lideranças quilombolas.
Para assistir, clique aqui:

Mesa Redonda 2 – Territórios e Direitos
(Dia 01/12)
Na manhã do segundo dia houve uma mesa Redonda sobre Territórios e Direitos moderada por José Maurício Arruti, com os expositores André Videira de Figueiredo (Dep. Ciências Sociais UFRRJ), Daniela Vargas (Dep. Direito PUC-Rio), e Ronaldo Santos (Coordenação da Associação de Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro – Aquilerj), contando como dDebatedor, o prof. Augusto Werneck (Dep. Direito PUC-Rio).
Para assistir, clique aqui:

Mesa Redonda 3 – Pesquisa e Prática na Educação para Quilombos
(Dia 01/12)
Na tarde do segundo dia houve uma mesa redonda sobre Pesquisa e Prática na Educação para Quilombos. A mesa, moderada por José Maurício Arruti, teve como expositoras Glória Moura (Dep. Educação UnB), Caroline Leal (PPGA da UFPE) e Vânia Guerra (contadora de histórias e liderança da comunidade quilombola da ilha da Marambaia) e como debatedora, Vera Candau (Dep. Educação PUC-Rio).
Para assistir, clique aqui:

Mesa Redonda 4 - Cultura e Mercado: Festa, Patrimônio e Turismo
(Dia 02/12)
Moderada por Nilton Santos (Dep. Antropologia UFF), a mesa sobre Cultura e Mercado, contou com os expositores Rebecca Luna Guidi (Centro Nacional do Folclore e Cultura Popular - CNFCP); Elaine Monteiro (Dep. Educação UFF e Coordenação do Pontão de Cultura do Jongo, RJ); Javier Alejandro Lifschitz (Dep. Ciências Sociais UNIRIO) e como debatedora Angela Paiva (Dep. De Sociologia e Política PUC-Rio).
Para assistir, clique aqui.


jm arruti

domingo, 7 de março de 2010

Aprovada pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná a proposta pedagógica "Escola Quilombola e Etnodesenvolvimento"

Foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná, com "menção honrosa" (segundo comentário do presidente do Conselho) a Proposta Pedagógica: Escola Quilombola e Etnodesenvolvimento.


Essa aprovação se deu depois de um longo período marcado por uma série de questionamentos de diversos segmentos sobre o porquê de se construir uma escola com proposta pedagógica diferenciada em uma comunidade remanescente de quilombo.

O processo de construção da proposta foi iniciado com a realização de consultas a comunidade Remanescente de Quilombo João Surá que havia solicitado a construção da escola no ano de 2006; contou com a assessoria da Maria Clareth Reis, Georgina HelenaLima Nunes, de Lauro Cornélio Rocha e Giselle Moura Schnorr (2006-2007) e foi apresentada preliminarmente para representantes da comunidades quilombolas e professores da rede estadual de Educação em um encontro realizado em 2008 no município de Guarapuava (encontro que contou com a participação de Glória Moura, Georgina Helena Lima Nunes e Lauro Cornélio da Rocha, entre outros pesquisadores).

Parte da referida Proposta Pedagógica fará parte de um Caderno Temático de Educação Escolar Quilombola que está em fase de impressão e disponibilizaremos a todos os interessados a medida que a impressão estiver finalizada.

Agora vêm a parte mais difícil, concretizar, em uma prática educativa libertadora, essa proposta dialogada com a comunidade quilombola.

Um abraço

Cassius Cruz

quarta-feira, 3 de março de 2010

QUEM SÃO OS QUILOMBOLAS?

 Revista on-line EDUCA
Coluna
Convivendo com a Diferença

O QUE SÃO OS QUILOMBOLAS?
Riqueza cultural desconhecida
(entrevista com José Maurício Arruti)

Os quilombolas são parte importante da cultura brasileira e por vezes desconhecidos de muitas pessoas. Talvez por isso, apesar da riqueza cultural, as dificuldades enfrentadas para preservação são imensas. Conversamos com José Maurício Arruti, do LAPF (Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação) da PUC-RJ e editor do site Observatório Quilombola para entender melhor este cenário.

  • O que são os quilombolas e quem vive neles?
O termo “quilombo” deriva do kimbundu língua africana que pertence à família lingüística Bantu, relativa à atual região de Angola. Em África a expressão designava algo próximo a um grupo de pessoas em deslocamento, muito geralmente fazendo referência a disputas guerreiras. No Brasil a palavra foi reapropriada ou ressemantizada tendo em vista o uso dos aparelhos repressivos destinados a capturar pessoas ou grupos em fuga da escravidão. Assim, na legislação colonial, era chamado de quilombo qualquer grupo de mais de cinco pessoas negras encontradas juntas e alocadas em qualquer sítio que dispusesse de um pilão (o que indicava autonomia de subsistência) e que não comprovassem sua situação de livres ou libertos. Na legislação imperial esta descrição foi ainda mais simplificada, descrevendo qualquer grupo de três pessoas, sem fazer referência a qualquer forma de localização ou aparelho produtivo. Na prática, o termo era usado até mesmo para designar uma única pessoa e foi aplicado em contextos tão insuspeitos como o centro da cidade imperial do Rio de Janeiro, nas “barbas do imperador” e dos aparelhos de Estado. Este foi o caso das Casas de Angú ou Zungus, que serviam de ponto de encontro, para alimentação, jogo, assistência religiosa e trocas entre a população escrava urbana.
O termo cobria, portanto, situações sociais que iam desde Palmares, que era uma verdadeiro reino autônomo, formado de milhares de pessoas, organizadas em aldeias, com sistema político, força armada e sistema de comércio, até um micro-grupo de pessoas famintas vagando pela estrada, vivendo de pequenos assaltos ou da solidariedade das senzalas, passando por formações sociais tipicamente urbanas, fixas, conhecidas e localizadas no centro da cidade imperial.
Quando veio a República, o termo desapareceu da legislação em função da abolição. Mas, em 1988 o termo voltou, agora fazendo parte da nossa Constituição. Neste caso, porém, apesar de continuar sendo tão impreciso e ambíguo quanto nos períodos colonial e imperial, ele passou a ter um sentido positivo e não mais negativo. O termo foi novamente ressemantizado, agora para garantir o direito às terras para aquelas comunidades negras que mesmo depois da abolição tivessem permanecido em suas terras, apesar destas em geral nunca terem sido legalizadas. Parte destas comunidades tem origem em antigos quilombos, no sentido colonial do termo, mas outra grande parte tem outras origens. Podem ter comprado suas terras, herdado, ocupado terras abandonadas por antigos proprietários falidos com a abolição etc. Mas algumas coisas são muito recorrentes entre elas: tais grupos formam comunidades em um sentido sociológico, por serem compostas de um número limitado de participantes e por estes estarem ligados por complexos laços de parentesco e aliança, assim como por usarem suas terras em regime de uso comum, quase sempre sem terem a devida documentação delas.
  • O que são terras de uso comum e porque elas não foram documentadas?
Chamamos de “uso comum” o tipo de apossamento da terra que não se dá por lotes passíveis de serem tomados como mercadoria e, assim, vendidos. É um modelo absolutamente diferente da propriedade privada, nos quais o valor está na manutenção do grupo e não na apropriação individual.
E tais terras raramente foram documentadas em função de uma lista quase infinita de razões, mas que encontram um ponto em comum no modo preconceituoso e racista de funcionamento de nossas instituições oficiais. Ocorreram campanhas de colonização européia, que promoveram a legalização das terras ocupadas, por exemplo, mas isso não aconteceu no caso dos ex-escravos. De outro lado, tais comunidades tem grandes dificuldades de até mesmo serem recebidas pelas autoridades locais ou estaduais, ficando fora da maioria das políticas públicas oficiais.
  • Quais a principais dificuldades enfrentadas pelos quilombolas?
As suas dificuldades são uma mescla das dificuldades mais comuns às comunidades camponesas com as dificuldades típicas da população negra em geral. Dificuldades históricas de acesso aos serviços e políticas públicas, incluindo aí saúde e educação, o que lhes deixa em situação muito desfavorável nos arranjos de poder locais; racismo institucional que lhes dificulta acessarem a justiça ou os círculos sociais da sociedade dominante etc.
  • Que tipo de ajuda/suporte o Governo Federal provê aos quilombolas?
As coisas começaram a mudar depois de 1988, com a Constituição, e depois de 2003, quando o governo promulgou o decreto nº 4887. Podemos afirmar que, a partir daquele momento, a questão quilombola apresentaria uma nova configuração no plano nacional, com a expansão das políticas públicas para quilombolas e da intensificação da mobilização de comunidades e assessorias. Depois disso, foram criadas políticas públicas específicas para esta população. O Incra tornou-se responsável pela regularização de suas terras, o MEC tem promovido ações de melhoria escolar nas suas comunidades.
O Ministério da Saúde, por meio das ações da FUNASA tem estendido até estas comunidades algumas ações do PAC e, finalmente, o Ministério do Desenvolvimento Agrário tem aberto algumas linhas especiais de crédito agrícola. Mas tudo isso ainda é muito novo e nem mesmo os órgãos responsáveis estão totalmente preparados para ofertar estas novas políticas. Parte dos seus funcionários não estão isentos de um preconceito historicamente construído contra tais populações e, mesmo quando estes têm boa vontade, há muitas dificuldades burocráticas para a validação desses novos direitos, justamente por serem novos. Os próprios operadores da Justiça insistem em desconhecerem ou questionarem as garantias constitucionais, legais e incorporadas no nosso ordenamento jurídico a partir de acordos internacionais, como é o caso da dificuldade de aplicarmos a Convenção 169 da OIT.
  • Existem quilombolas no exterior?
Claro que não, já que o que define “quilombo” é a legislação brasileira. Mas existem situações análogas às dos quilombos em outros países da América Latina, como na Colômbia, no Equador e nas Guianas. Em todos estes lugares o histórico de formação destes grupos é relativamente semelhante e, a partir dos anos de 1990, as suas constituições nacionais também foram reformadas para incluir novos direitos para estas populações, como aconteceu na Constituição brasileira de 1988.
  • Como atuam o Observatório Quilombola e o Lapf?
O site OQ é um serviço público e gratuito de coleta e divulgação de notícias sobre a temática quilombola. Quando começamos em 2005, nós publicávamos cerca de 3 a 5 notícias por semana, assim mesmo porque mantínhamos contato com vários pesquisadores e militantes no país. Atualmente, o OQ publica uma média de 35 a 40 notícias semanais sobre o tema, a partir de um clipping da imprensa nacional, que cobre diversos jornais locais e estaduais, além de uma rede muito maior de militantes e pesquisadores. O site hoje está passando por uma reforma, para retomar uma série de atividades que já foram muito importantes, como a produção de dossiês, o acompanhamento de conflitos, a publicação de entrevistas e de artigos científicos.
Já o Lapf – Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação, é um núcleo de estudo e pesquisas da PUC-Rio, ligado ao Departamento de Educação desta Universidade. Atualmente nós temos algumas pesquisas relacionadas ao tema, de iniciação científica, de mestrado e doutorado, assim como temos um projeto coletivo, de levantamento da situação escolar das comunidades quilombolas do Rio de Janeiro. Além disso, no final do ano passado realizamos um seminário sobre o tema, com representatividade nacional. O projeto agora é publicar este primeiro seminário e nos organizarmos para o segundo.

  • Sugestões bibliográficas de livre acesso na internet:
Fonte: EDUCA revista on-line / clique aqui para acessar a matéria

[Gra] Antropologia e Educação - Conceitos básicos

Departamento de Educação
ANTROPOLOGIA E EDUCAÇÃO
Graduação - EDU 1760 - 3as e 5as, 9hs-11hs

2009.1 – Uma introdução à Antropologia
Prof. José Maurício Arruti

Ementa:
Introdução aos conceitos e à história da Antropologia, com ênfase na noção de alteridade; na relação entre história, biologia e cultura; nas principais escolas de pensamento antropológico; e na análise de temas fundamentais à interface antropologia e educação: noção de pessoa, identidades sociais, etnocentrismo, racismo e relativismo, transmissão de conhecimento, entre outros.

Objetivos:
A) Apresentar algumas noções básicas sobre a história e os fundamentos conceituais da perspectiva e da disciplina antropológicas;
B) Introduzir a leitura de determinados temas básicos da reflexão antropológica, que se relacionem mais diretamente com as questões do campo da pesquisa e da prática educacional;
C) Debater um repertório mínimo de pesquisas sobre o universo escolar que assumam a perspectiva antropológica ou dialoguem diretamente com ela.

Plano de Curso

APRESENTAÇÃO
- Objetivos do curso / redação sobre o tema “natural, comum, diferente e desigual”
- Reflexão sobre as redações feitas na aula anterior e leitura em sala de aula de MINER, 1956.

1) CONCEITOS ELEMENTARES
4 aulas expositivas
LÉVI-STRAUSS, 1952; SAHLINS, 2003; BOHANNAN, 1966.

2) RELATIVISMO
4 aulas expositivas
Geertz, 1997, GEERTZ, 1978 , Geertz, 2001.

Revisão da matéria
Teste

3) FORMAÇÃO DO EU
2 aulas expositivas
GOFFMAN, 1985.

4) ALTERIDADES
4 aulas expositivas
DUMONT, 1992; NOGUEIRA, 1985; ARRUTI, 1997

Revisão da matéria
Teste

5) OLHARES ANTROPOLÓGICO SOBRE A ESCOLA
6 aulas expositivas
CÂNDIDO, 1964; ANDRÉ, 2007; McLAREN, 1991; VAN ZANTEN, 2000; FORQUIN, 1993
Seminários dos alunos

BIBLIOGRAFIA

ANDRÉ, M. E. 2007. Etnografia da Prática Escolar. Campinas, SP: Papirus (9 ed).
ARRUTI, José Maurício. 1997. “A emergência dos ‘remanescentes’ – notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas”. MANA Estudos de Antropologia Social.
BOHANNAN, Laura. 2008 [1967]. “Shakespeare no Mato” (tradução de “SHAKESPEARE IN THE BUSH”, retirado do artigo “ ‘SHAKESPEARE IN THE BUSH’ - HISTÓRIA E TRADUÇÃO”. Tradução e Comunicação - Revista Brasileira de Tradutores, nº. 17, Ano, p. 135-159.
CÂNDIDO, Antônio. 1964. “A estrutura da escola”. Em: PEREIRA, Luiz, FORACCHI, Marialice M. Educação e sociedade - leituras de sociologia da educação. São Paulo : Nacional, p. 107-128
Dumont, Louis. 1992. “Introdução”. In Homo hierarchicus. O sistema das castas e suas implicações. pp. 49-67.
FORQUIN, Jean-Claude. 1993. “As implicações educativas do pluralismo cultural”. Em: Escola e Cultura – as bases sociais e epstemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, pp. 123-143.

GEERTZ, Clifford. 1978. Descrição Densa: por uma teoria interpretativa da cultura. Em: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar: 13-41.

GEERTZ, Clifford. 2001. “Anti anti-relativismo”. In Nova Luz sobre a Antropologia. Cap. 3. pp-47- 67. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor.

GEERTZ, Clifford. 1997. "Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimento antropológico". Em: O Saber Local. Petrópolis: Vozes, pp. 85-110.

GOFFMAN, Erving. 1985. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Petrópolis: Ed. Vozes. Introdução, Caps. 1 e 2.

LÉVI-STRAUSS, Claude. 1976 [1952]. “Raça e História”. In: Antropologia Estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, (Cap. XVIII).

McLAREN, Peter. 1991. Rituais na escola: em direção a uma economia política de símbolos e gestos na educação. Petrópolis: Vozes.

MINER, Horace. 1956. O ritual do corpo entre os sonacirema. American Anthropologist 58. (trad. Eduardo Viveiros de Castro - mimeo sem data).

NOGUEIRA, Oracy. 1985. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. Em Tanto preto quanto branco: estudos de relações raciais. São Paulo: T. A. Queiroz Editora.

SAHLINS, Marshall. 2003. “La pensée bourgeoise – a sociedade ocidental enquanto cultura” e “Conclusão: a atualidade da ordem cultural”. Em: Cultura e Razão Prática. Rio de Janeiro: Zahar Editores (pp. 166-178 e 204-219)

VAN ZANTEN, Agnès. 2000. Cultura da rua ou cultura da escola?. Educ. Pesqui. [online], vol. 26, no. 1, pp. 23-52.

terça-feira, 2 de março de 2010

[Pós] Antropologia e Educação: “Cultura” segundo a Antropologia

CENTRO de TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÂO

2010.1

EDU 2286

PROF. JOSÉ MAURÍCIO ARRUTI

4as feiras / das 16 às 19hs

CARGA HORÁRIA TOTAL: 60 HORAS

CRÉDITOS: 3

Antropologia e Educação:
“Cultura” segundo a Antropologia


O objetivo deste curso é oferecer uma introdução ao conceito de Cultura na Antropologia, sendo que seus objetivos subsidiários são: 
(a) conhecer a sociogênese romântica da categoria “cultura” em sua oposição à “civilização”;
(b) investigar o lugar central desta categoria na constituição da Antropologia norteamericana e as variações nos seus usos; 
(c) reconhecer as principais razões das críticas teóricas e políticas ao chamado “culturalismo” na Antropologia.


Plano de Curso

Formas de narrar o Outro: uma história tropológica da alteridade
T. Todorov. L. Bohannan, E. Said

A ruptura malinowskiana: marca de fundação da Antropologia Moderna
B. Malinowski

Sociogênese de um conceito: Cultura e Civilização
A. Kuper, N. Elias

Frans Boas: o nascimento da Antropologia Norte-Americana:
F. Boas, Laplatine, G. Stocking Jr.

Cultura e Personalidade: a guerra, o indivíduo e a ação social
R. Benedict, M. Mead, A. Kuper

Geertz: texto, contexto e hermenêutica
C. Geertz

Sahlins: a cultura na prática e na história
M. Sahlins

Entre teoria e política: introdução à crítica do conceito de Cultura
E. Wolf, F. Barth, A. Kuper

Revisão da matéria a partir de esquemas sintéticos dos alunos
Esquemas sintéticos produzidos por grupos

Discussão das propostas de trabalhos de curso
Resumos dos trabalhos finais individuais (2pgs)

Bibliografia

BARTH, F. O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2000.
BENEDICT, Ruth. (1946). Missão: Japão. In: O Crisântemo e a Espada: padrões da cultura japonesa. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.
BENEDICT, Ruth. (1946). A Criança Aprende. In: O Crisântemo e a Espada: padrões da cultura japonesa. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.
BOAS, F (1896-1920). As limitações do método comparativo da antropologia. In: CASTRO, Celso (Org.). Franz Boas. Antropologia Cultural, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BOAS, F. Os objetivos da pesquisa antropológica. . In: CASTRO, Celso (Org.). Franz Boas. Antropologia Cultural, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BOHANNAN, L. Shakespeare in the bush. In. DUNDES, Alan (org). Every man his way. Readings in Cultural Antropology, pp. 477-86. Englewood Cliffs, N. J., Prentice Hall, 1968.
ELIAS, N. O processo Civilizador: Uma história dos costumes. Tradução brasileira de Ruy Jungmann, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, vol. 1, 1990.
GEERTZ, C. Uma descrição densa: Teoria Interpretativa da Cultura. In. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GEERTZ, C. Um Jogo Absorvente: Notas sobre a Briga de Galos Balinesa. In. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GEERTZ, C. O saber local: Novos ensaios em antropologia interpretativa. Tradução de Vera Mello Joscelyne. Petrópolis, Vozes, 1997.
KUPPER, A. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC, 2002.
MALINOWSKI, B (1922). Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo, Coleção os Pensadores, Ed. Victor Civita, 1984.
MEAD, M (1935). Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva, 1969.
SAHLINS, M. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção (Parte I). Mana. vol.3 n.1, Rio de Janeiro, Abril. 1997. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93131997000100002.
SAHLINS, M. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção (Parte II). Mana. vol.3 n.2, Rio de Janeiro, Abril. 1997. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/mana/v3n2/2442.pdf
SAHLINS, M. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
SAHLINS, M. Metáforas históricas e realidades míticas: Estrutura nos primórdios da história do reino das ilhas Sandwich. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
SAID, E. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das letras, 2007.
STOCKING, JR, G.W (Org.). A formação da Antropologia americana (1883-1911). Rio de Janeiro: Contraponto: Editora UFRJ, 2004.
TODOROV, T. A descoberta da América. 2ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 263 p.
____________. Colombo Hermeneuta. In. TODOROV, T. A conquista da América: a questão do outro. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 263 p.
________. Colombo e os índios. In. TODOROV, T. A conquista da América: a questão do outro. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 263 p.