O Lapf foi criado em 2008 no âmbito do Departamento de Educação da PUC-Rio, tendo sido registrado no diretório do CNPq entre 2009 e 2011. Seu objetivo foi a promoção da análise dos processos de agenciamento de identidades, memórias e territórios coletivos, em sua relação com os processos de produção e transmissão do conhecimento, tanto em suas modalidades escolares quanto não escolares. A partir de 2012, porém, suas atividades regulares foram encerradas. Este espaço permanece disponível como registro desta experiência de pesquisa e como meio para que seus antigos participantes eventualmente possam continuar divulgando e promovendo o tema.

sábado, 22 de agosto de 2009

Panorama Quilombola: o estado dos estudos sobre comunidades quilombolas e/ou tradicionais afroamericanas (REA-ABANNE 2009)

II Reunião Equatoriana de Antropologia / XI Reunião de Antropologia do Norte e Nordeste

Natal, 19-22 de agosto de 2009

GT 22 - Panorama Quilombola:
o estado dos estudos sobre comunidades quilombolas e/ou tradicionais afroamericanas.

Coordenadores:
José Maurício Arruti (arruti@puc-rio.br)
– PUC-Rio /CEBRAP/Observatório Quilombola
Rosa Acevedo Marin (ream30@hotmail.com)
– UFPA / NAEA

Resumo breve
Este GT tem o objetivo de reunir reflexões sobre a situação dos estudos sobre comunidades quilombolas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, assim como sobre comunidades afro-descendentes de países vizinhos, de forma a compartilharmos mais sistematicamente as agendas de pesquisa. O GT nasce de articulações que vem sendo realizadas desde a RBA 2008, em torno da proposta de promovermos uma visão mais ampla sobre um campo de estudos em formação e ainda muito marcado pela "encomenda oficial" e pela intervenção, mas que já apresenta acúmulos suficientes para um "balanço".

Resumo estendido:
Um número crescente de estudos vêm sendo realizados em todo o país sobre comunidades designadas como "quilombolas". Na sua maior parte tais estudos tem origem em encomendas governamentais, tendo em vista os processos de regularização fundiária de tais comunidades, mas boa parte deles também já deu origem a trabalhos propriamente acadêmicos, extrapolando as abordagens operacionais, para propor questões analíticas e teóricas mais amplas, em diálogo os campos antropológico, historiográfico ou sociológico. Disso resulta um novo campo de estudos marcado por duas características fundamentais: uma expansão rápida e vigorosa (crescente entre 1995 e 2005 e acelerada a partir de então) e, em função disto, a mobilização principalmente de jovens pesquisadores, assim como grupos e laboratórios de pesquisa novos (a despeito da existência de alguns grupos antigos encabeçados por pesquisadores renomados em SC e RS, MA e PA), criados especificamente para a temática. Estas duas características indicam, igualmente, a dificuldade de se produzir uma visão de conjunto de tal campo, fundamental para o avanço de nossos debates. Assim, ao longo dos últimos encontros promovidos pela ABA (RAM e ABANNE 2007 e RBA 2008), foi sendo consolidada a proposta de criarmos um espaço específico para a elaboração de um panorama deste campo. Este GT responde a tal proposta, sugerindo proposições que enfatizem os seguintes aspectos:
(a) Interdisciplinaridade: sobre a formação das equipes e consolidação das parcerias e diálogos;
(b) "Etnologia quilombola": sobre a identificação de questões recorrentes e/ou tipologias derivadas da larga diversidade de formações regionais das comunidades estudadas;
(c) Padrões de conflito e acesso a direitos: sobre os processos de regularização fundiária, de acesso a justiça e a políticas de educação e saúde, por exemplo); e
(d) Pautas de pesquisa: sobre os pontos de contato, colaboração, complementação e crítica entre os planos de trabalho dos diferentes grupos e laboratórios voltado ao tema.

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