O Lapf foi criado em 2008 no âmbito do Departamento de Educação da PUC-Rio, tendo sido registrado no diretório do CNPq entre 2009 e 2011. Seu objetivo foi a promoção da análise dos processos de agenciamento de identidades, memórias e territórios coletivos, em sua relação com os processos de produção e transmissão do conhecimento, tanto em suas modalidades escolares quanto não escolares. A partir de 2012, porém, suas atividades regulares foram encerradas. Este espaço permanece disponível como registro desta experiência de pesquisa e como meio para que seus antigos participantes eventualmente possam continuar divulgando e promovendo o tema.

terça-feira, 2 de março de 2010

[Pós] Antropologia e Educação: “Cultura” segundo a Antropologia

CENTRO de TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÂO

2010.1

EDU 2286

PROF. JOSÉ MAURÍCIO ARRUTI

4as feiras / das 16 às 19hs

CARGA HORÁRIA TOTAL: 60 HORAS

CRÉDITOS: 3

Antropologia e Educação:
“Cultura” segundo a Antropologia


O objetivo deste curso é oferecer uma introdução ao conceito de Cultura na Antropologia, sendo que seus objetivos subsidiários são: 
(a) conhecer a sociogênese romântica da categoria “cultura” em sua oposição à “civilização”;
(b) investigar o lugar central desta categoria na constituição da Antropologia norteamericana e as variações nos seus usos; 
(c) reconhecer as principais razões das críticas teóricas e políticas ao chamado “culturalismo” na Antropologia.


Plano de Curso

Formas de narrar o Outro: uma história tropológica da alteridade
T. Todorov. L. Bohannan, E. Said

A ruptura malinowskiana: marca de fundação da Antropologia Moderna
B. Malinowski

Sociogênese de um conceito: Cultura e Civilização
A. Kuper, N. Elias

Frans Boas: o nascimento da Antropologia Norte-Americana:
F. Boas, Laplatine, G. Stocking Jr.

Cultura e Personalidade: a guerra, o indivíduo e a ação social
R. Benedict, M. Mead, A. Kuper

Geertz: texto, contexto e hermenêutica
C. Geertz

Sahlins: a cultura na prática e na história
M. Sahlins

Entre teoria e política: introdução à crítica do conceito de Cultura
E. Wolf, F. Barth, A. Kuper

Revisão da matéria a partir de esquemas sintéticos dos alunos
Esquemas sintéticos produzidos por grupos

Discussão das propostas de trabalhos de curso
Resumos dos trabalhos finais individuais (2pgs)

Bibliografia

BARTH, F. O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2000.
BENEDICT, Ruth. (1946). Missão: Japão. In: O Crisântemo e a Espada: padrões da cultura japonesa. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.
BENEDICT, Ruth. (1946). A Criança Aprende. In: O Crisântemo e a Espada: padrões da cultura japonesa. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1997.
BOAS, F (1896-1920). As limitações do método comparativo da antropologia. In: CASTRO, Celso (Org.). Franz Boas. Antropologia Cultural, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BOAS, F. Os objetivos da pesquisa antropológica. . In: CASTRO, Celso (Org.). Franz Boas. Antropologia Cultural, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
BOHANNAN, L. Shakespeare in the bush. In. DUNDES, Alan (org). Every man his way. Readings in Cultural Antropology, pp. 477-86. Englewood Cliffs, N. J., Prentice Hall, 1968.
ELIAS, N. O processo Civilizador: Uma história dos costumes. Tradução brasileira de Ruy Jungmann, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, vol. 1, 1990.
GEERTZ, C. Uma descrição densa: Teoria Interpretativa da Cultura. In. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GEERTZ, C. Um Jogo Absorvente: Notas sobre a Briga de Galos Balinesa. In. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
GEERTZ, C. O saber local: Novos ensaios em antropologia interpretativa. Tradução de Vera Mello Joscelyne. Petrópolis, Vozes, 1997.
KUPPER, A. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC, 2002.
MALINOWSKI, B (1922). Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo, Coleção os Pensadores, Ed. Victor Civita, 1984.
MEAD, M (1935). Sexo e temperamento. São Paulo: Perspectiva, 1969.
SAHLINS, M. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção (Parte I). Mana. vol.3 n.1, Rio de Janeiro, Abril. 1997. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93131997000100002.
SAHLINS, M. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção (Parte II). Mana. vol.3 n.2, Rio de Janeiro, Abril. 1997. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/mana/v3n2/2442.pdf
SAHLINS, M. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
SAHLINS, M. Metáforas históricas e realidades míticas: Estrutura nos primórdios da história do reino das ilhas Sandwich. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
SAID, E. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das letras, 2007.
STOCKING, JR, G.W (Org.). A formação da Antropologia americana (1883-1911). Rio de Janeiro: Contraponto: Editora UFRJ, 2004.
TODOROV, T. A descoberta da América. 2ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 263 p.
____________. Colombo Hermeneuta. In. TODOROV, T. A conquista da América: a questão do outro. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 263 p.
________. Colombo e os índios. In. TODOROV, T. A conquista da América: a questão do outro. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988. 263 p.

Um comentário:

  1. Fiz esse curso na PUC-Rio e considero que foi ótimo para a minha formação. Aprendi muito! Que bom encontrar as referências e a organização do curso disponíveis. Vou indicar o acesso.

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