terça-feira, 29 de setembro de 2009
I Seminário História Social da Marambaia
O Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação (LApF), do Departamento de Educação da PUC-RIO, com o apoio de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGH-UNIRIO), realizaram no dia 25 de setembro, nas dependências de KOINONIA (Bairro da Glória, RJ), o I Seminário História Social da Marambaia. O objetivo do encontro foi reunir pesquisadores envolvidos com questões e/ou documentações relativas à Ilha da Marambaia.
Neste primeiro encontro foram apresentados quatro trabalhos sobre a ilha:
- Sobre o tráfico de africanos, de Daniela Yabeta (mestranda em História - UNIRIO);
- Sobre posse e propriedade, de Daniela Yabeta e Pedro Parga (mestre em História – UNIRIO);
- Sobre o pós – abolição (José Maurício Arruti – PUC-RIO); e
- Sobre os processos jurídicos de expulsão dos moradores (Equipe de Assessoria Jurídica Mariana Criola).
Participaram como debatedoras as professoras Hebe Mattos (História –UFF), Keila Grinberg (História – UNIRIO), Daniela Vargas (Direto – PUC-Rio) e o professor André Figueiredo (Sociologia – UFRRJ). Vânia Guerra, Beá e Lino, da Arquimar (Associação dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia) e Adriano da Acquilerj (Associação das Comunidades Remanescente de Quilombos do Rio de Janeiro), também estiveram presentes.
Esta proposta surge motivada pela necessidade de produzir uma resposta direta e academicamente qualificada ao livro “História Natural da Ilha da Marambaia”, publicado em 2003 pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Produzido por biólogos, botânicos, geógrafos, geólogos e arqueólogos, financiados direta ou indiretamente pela Marinha de Guerra do Brasil, o livro tem como um dos seus pontos mais significativos, o fato de servir como peça jurídica na disputa entre a Marinha de Guerra e a comunidade quilombola da Marambaia.
O seu capítulo ‘histórico’ recua até a Pré-história e descreve a ocupação indígena da ilha, saltando, em seguida, todo o século XIX e primeira metade do XX, para descrever a instalação do Centro de Adestramento Militar da Marinha (CADIM) na Marambaia, depois de 1971.
Editado e divulgado em um momento estratégico e crítico da mobilização dos remanescentes, que lutam pela regularização de seu território de ocupação tradicional na Marambaia e pelo acesso a políticas públicas, como luz, água, escola, coleta de lixo etc., o livro encobriu, apagou e silenciou a história social da ilha. Daí a nossa motivação em reunir esforços para produção de um material que trate não só do período “apagado”, como das próprias estratégias de apagamento deste período histórico da Marambaia.
Assim como esse, outros dois seminários serão realizados e terão o caráter de reuniões de trabalho, por isso, de assistência restrita, mas sempre contando com a presença dos quilombolas da ilha e de representantes da Acquilerj. Para 2010 está previsto um encontro público para a apresentação do resultado dos nossos diálogos.
Por Daniela Yabeta
domingo, 27 de setembro de 2009
DEBATES CONTEMPORÁNEOS SOBRE ETNOLOGÍA INDÍGENA
terça-feira, 22 de setembro de 2009
OS USOS DA ANTROPOLOGIA EM TEMPOS DE MULTICULTURALISMO OFICIAL
HORARIO: 9:00 A 12:15 HS.
LUGAR: SEDE IX - CCEBA
HORARIO: 13:00 A 16:45 HS.
LUGAR: SEDE IX - CCEBA
HORARIO: 8:30 A 12:15 HS.
LUGAR: SEDE IV - UNSAMMITRE - AULA 2
HORARIO: 13:00 A 16:45 HS.
LUGAR: SEDE IV - UNSAMMITRE - AULA 2
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
I Relatório do Projeto Panorama da Educação Quilombola no RJ


Clique aqui para ver o texto publicado no Caderno de Resumos do Seminário PIBIC 2009
Clique aqui para ver o texto publicado no Caderno de Relatórios Anuais PIBIC 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Lapf - Equipe
- José Maurício Arruti (Prof. PUC-Rio)
Pesquisadores:
- André Videira de Figueiredo (Prof. UFRRJ)
- Antônio J. P. da Paixão (Prof. UEPA e IFPA)
- Eunápio Dutra do Carmo (Prof. CESUPA)
Estudantes:
Doutodrado:
- Kalyla Maroun (PUC-Rio)
- Cristiane Taveira (PUC-Rio)
- Márcia Correa e Castro (PUC-Rio)
- Daniela Yabeta (UFF)
- Cassius Cruz (UFPR)
- Suely Noronha (PUC-Rio)
- Roberta Rocha (Especialização - PUC-Rio)
- André Salles (História - PUC-Rio)
- Alainaldo Cardoso (Pedagogia - PUC-Rio)
- Alessandra Pereira (Ciências Sociais - PUC-Rio)
- Ediléia Carvalho (Pedagogia - PUC-Rio)
- Pedro Portella (Pedagogia - PUC-Rio)
- Roberto Castro de Lucena (História - PUC-Rio)
- Rodolfo da Silveira (Geografia - PUC-Rio)
Orientações em andamento
Doutorado (Educação PUC-Rio)
Projeto “Corporalidade e educação diferenciada – currículo e práticas culturais em contextos comunitários negros rurais e urbanos”.
Orientador: Isabel Lilis
Mestrado (Educação PUC-Rio)
- Suely Noronha
Projeto "O processo de produção das diretrizes estaduais para educação quilombola na Bahia"
Orientador: Vera Candau
Lapf - Projetos coletivos 2008-2010
[CONCLUÍDO / 2009]
– Aborda a situação de comunidades tradicionais no sul fluminense e seus processos de reorganização pedagógica a partir de uma abordagem antropológica, histórica e estética dos objetos de memória, de patrimônio e de inserção na modernidade.
Fonte: FAPERJ.
Coordenação: Profa. Carla Dias (Dep. De Artes/PUC-Rio)
Pesquisadores associados: José Maurício Arruti (PUC-Rio), Prof. Carlos André L. Côrtes(Dep. De Artes/PUC-Rio).
• O Quilombo vai à Escola: diversidade étnica, práticas escolares e políticas educacionais no estado do Rio de Janeiro (FAPERJ 2010-2011)
Criação de subsídios para a implementação, no estado do Rio de Janeiro, da lei nº 10.639/03, tomando como caso as comunidades quilombolas do sul do estado do Rio de Janeiro (municípios de Rio Claro, Mangaratiba, Paraty e Angra dos Reis). São seus objetivos específicos: produzir material didático e paradidático sobre comunidades negras rurais e quilombolas no sul do estado do Rio de Janeiro, a partir de oficinas de memória nas escolas e posterior levantamento e registro dos relatos de memória coletiva
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• Panorama Quilombola do estado do Rio de Janeiro: Terra, Cultura e Educação (FAPERJ 2008-2011)
Elaborar um amplo levantamento do estado atual do tema no estado do Rio de Janeiro, por meio de uma análise das condições e impactos desta política de reconhecimento, tanto no que diz respeito às dinâmicas locais de tais comunidades, quanto às políticas públicas propostas e incidentes sobre elas. Tal análise terá como foco três temas fundamentais: a regularização fundiária, o largo campo das chamadas manifestações culturais e a educação diferenciada.
Saiba mais:
Resumo Estendido e Relatórios PIBIC dos estudantes envolvidos >>>
Sobre o Seminário promovido pelo projeto >> PROGRAMAÇÃO >> VÍDEOS
• Escola, memória e território quilombola na Região dos Lagos – apoio à implementação da Lei 10639/2003 e reflexão sobre uma proposta de educação diferenciada quilombola (FAPERJ 2011-2012)
Realizar uma intervenção combinada de pesquisa e qualificação em parceria com a Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, situada no município de Cabo Frio/RJ, mas que atende alunos provenientes das comunidades quilombolas Preto Forro, Rasa, Caveira e Botafogo (que somam algo em torno de 80% do seu total de alunos). Estimulando a aplicação da Lei 10.639/03, por meio da qualificação dos professores e do subsídio à produção de material didático sobre as comunidades quilombolas em questão, com base na pesquisa sobre os conhecimentos tradicionais e as histórias, cultura e o cotidiano das atuais comunidades quilombolas da região e do país.
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- Organização de um Banco de Dados com todo o acervo de dissertações e teses do Dep. EDU/PUC-Rio, a ser oferecido como suporte para registro e consulta em tempo real, assim como para análises históricas e sociológicas da produção do primeiro departamento de pós-graduação em educação do país.
Fonte:FAPERJ/Dep. PUC-Rio.
Coordenação: José Maurício Arruti (PUC-Rio).
Assistente de pesquisa: Thiago T. de Oliveira (Bolsista IC, graduação em Educação/PUC-Rio)
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[CONCLUÍDO / 2009]
– Caracterização da situação sócio-econômica e escolar da população quilombola do litoral sul baiano (dados censitários, entrevistas nos órgãos oficiais dos três níveis da administração, entrevistas e oficinas com as comunidades) tendo em vista a produção de conteúdos didáticos voltados para a formação política da população local.
Fonte: Koinonia.
Coordenação: José Maurício Arruti (PUC-Rio)
Pesquisador associado: Natália Batista (Profa. Dep. Economia/USP)
Assistentes de pesquisa: Lúcia Helena, Ana Gualberto e Carla Siqueira Campos.
I Seminário História Social da Marambaia
O I Seminário História Social da Marambaia será realizado no dia 25 de setembro de 2009, na sala de reuniões de Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço, rua Santo Amaro, 129, Glória, das 16 às 18hs.
Os Seminários História Social da Marambaia são uma iniciativa do Lapf – Laboratório de Antropologia dos Processos de Formação, da PUC-Rio, em colaboração com Koinonia e com o Programa de Pós-Graduação em História da Unirio.
O objetivo dos seminários é reunir pesquisadores envolvidos com questões e/ou documentações relativas à ilha da Marambaia, tendo em vista trocas e debates entre as diversas perspectivas analíticas em curso e a reunião de um volume sobre a História Social da ilha e de sua população.
Organização: José Maurício Arruti e Daniela Yabeta
SEMINÁRIOS ‘HISTÓRIA SOCIAL DA MARAMBAIA’
Esta proposta surge motivada pela necessidade de produzir uma resposta direta e academicamente qualificada ao livro, publicado em 2003 pela UFRRJ, intitulado 'História Natural da Ilha da Marambaia'. Produzido por biólogos, botânicos, geógrafos, geólogos e arqueólogos financiados direta ou indiretamente pela Marinha de Guerra do Brasil, o livro 'História Natural da Ilha da Marambaia' tem como um dos seus aspectos mais significativos, o de servir como peça política na disputa entre a Marinha de Guerra e a comunidade quilombola, ocupante tradicional da ilha. O seu capítulo ‘histórico’ recua até a Pré-história e descreve a ocupação indígena da ilha, saltando, em seguida, todo o século XIX e primeira metade do XX, para descrever a instalação do Centro de Adestramento Militar da Marinha (CADIM) na ilha, depois de 1971.
Editado e divulgado em um momento estratégico e crítico da mobilização daquela população pelos seus direitos ao território de ocupação tradicional, mas também pelo acesso a políticas públicas de caráter fundamental (como luz, água, escola, coleta de lixo etc.) a 'História Natural da Ilha da Marambaia' apagava os moradores da história da ilha, eliminando-os no plano das representações, como forma de facilitar a sua expropriação no mundo da vida. Para isso, produziu uma “história” que, mimetizando todos os signos de cientificidade, operou, de fato, da forma mais flagrantemente ideológica, com o objetivo de encobrir, apagar, silenciar, enfim, a história social da ilha.
A motivação do projeto 'História Social da Ilha da Maramabaia' está, portanto, em reunir esforços para realizar uma nova história da ilha e de sua população, investigando não só o período 'apagado', como as próprias estratégias de apagamento do período.
Metodologia
Estamos reunindo nossos acúmulos, assim como as pesquisas ainda em curso para submetê-los a encontros nos quais debateremos nossos achados e interpretações, submetendo-os a comentadores convidados, especialistas nos diferentes campos disciplinares e temáticos reunidos. Para isso, propomos três seminários ao longo do segundo semestre de 2009 (indicativamente: setembro, outubro e novembro) para chegarmos ao final do ano com um material suficientemente orgânico para compor um volume coletivo.
Organização
Primeiro Seminário:
• Sobre o tráfico de africanos na ilha da Marambaia a partir de 1831 (Daniela Yabeta, Unirio);
• Sobre a posse e a propriedade da terra na ilha da Marambaia (Daniela Yabeta e Pedro Parga, Unirio);
• Sobre a organização sócio-espacial da ilha da Marambaia no pós-abolição (J. M. Arruti, PUC-Rio);
• Sobre os processos jurídicos de expulsão dos moradores da ilha da Marambaia (Equipe Mariana Crioula);
Segundo Seminário:
• Sobre a Escola Técnica Darcy Vargas (Vladmir Zamorano, PUC-Rio);
• Sobre as estratégias da Marinha na expropriação da comunidade da ilha da Marambaia (J. M. Arruti, PUC-Rio);
• Sobre as Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público Federal (Equipe Mariana Crioula).
• Sobre o processo de reconhecimento como quilombolas e a controvérsia na esfera pública (André Figueiredo, UFRRJ e J. M. Arruti, PUC-Rio);
Terceiro seminário:
• Sobre a situação atual da educação na ilha – a escola e outras iniciativas de formação e capacitação (Tânia Amara, PUC-Rio);
• Sobre o jongo da Marambaia e a inserção do grupo em um ‘campo quilombola’ fluminense (Kalyla Maroun e Marisa Silva, PUC-Rio)
• Sobre a Oficina com a comunidade: texto coletivo (Ana Gualberto, Koinonia e moradores, Arquimar- Associação dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia).
OBS:
Os títulos são apenas indicativos e as datas ainda estão por se estabelecer. Novos trabalhos ainda poderão ser incorporados.
Para saber mais sobre a situação da Ilha, viste o DOSSIÊ MARAMBAIA do Observatório Quilombola.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Os Usos da Antropologia em Tempos de Multiculturalismo Oficial (RAM 2009)
VII RAM – Reunião de Antropologia do MERCOSUL
Buenos Aires, de 29 de setembro a 02 de outubro de 2009
GT 54 – Os Usos da Antropologia em Tempos de Multiculturalismo Oficial: Dilemas e Desafios do fazer Antropológico em Contextos de Pericias, Projetos de Intervençao e Cargos Técnicos no Estado
José Maurício Arruti
Morita Carrasco
Proposta de trabalho
Os Estados latino-americanos contemporáneos foram marcados, ao longo da última década, pela disseminação de reformas constitucionais e implantação de políticas de reconhecimento da diversidade sócio-cultural. Ao inverter o postulado assimilacionista das décadas anteriores e assumir como matriz das suas políticas e decisões jurídicas o multiculturalismo, tais Estados se obrigam a incorporar novos saberes e mesmo novas gramáticas que, recorrentemente, encontram seu fundamento no campo da Antropologia. Tal reaproximação entre Antropologia e Estado, porém, já não pode ser vista nem como variação do papel da disciplina no empreendimento colonial, nem mais como simples empreendimento militante que, do ponto de vista dos movimentos sociais, realiza a critica do Estado monocultural. Da mesma forma, o seu papel na ampliação da normatividade oficial e mesmo na conformação das políticas educacionais, de saúde, desenvolvimento,além da de a regularização fundiária, não permitem mais interpretar tal relação dentro dos estreitos limites de um debate operacional e metodológico. Este grupo surge da sugestão de que tal relação implica, hoje, em novas tensões, dasfios e dilemas.
Estamos interessados especialmente no que o título do GT faz referéncia, "os usos da Antropologia", pensando-a seja como uma saber, em diálogo, negociação ou confronto com outros; como uma simples perspectiva, que vem alterar percepções e abordagens práticas, ainda que não se apresente explicitamente nelas; como um simples rótulo profissional ou mesmo funcional, manipulado e manipulável em meio des exigencias e imprecisões que marcam as demandas do Estado e dos movimentos sociais; ou ainda como campo académico, cujas regras, hierarquias, orto e hetero-doxias sofrem o impacto dos deslocamentos provocados por sua inserção nas atuais controvérsias públicas acerca do direito a diferença.
Convidamos, portanto, aqueles que possuem experiencias de exercicio da Antropologia em contextos não estritamente académicos (pericias, projetos de intervenção e cargos técnicos no Estado) a reunirem seus relatos e analises neste GT, inspirados pela necessidade de ultrapassar o registro mais convencional de um debate que tem ficado preso as polarizações do ético ou do estritamente pratico ou metodológico.
Palavras-chave:
Teoria Antropológica; Estado, Movimentos Sociais, Direitos, Reflexividade
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Memória e Território: narrativas de ocupação e expropriação (EHONE 2009)
VII Encontro de História Oral do Nordeste
Aracaju, UFS, 26 a 29 de outubro de 2009
GT 7 - Memória e Território: Narrativas de Ocupação e Expropriação –
Proponente: Prof. Dr. André Luiz Videira de Figueiredo (UFRRJ)
E-mail: andre.videira@gmail.com
Ementa: O objetivo deste Grupo de Trabalho será reunir registros e análises acerca dos modos como os grupos étnicos definem seus padrões de ocupação territorial, a partir dos diferentes condicionantes políticos do processo de produção da memória.